Alerta

Registros do Aedes disparam o alerta

Apenas no mês de janeiro foram encontrados cinco focos de larvas no Porto e um no bairro Fragata; Secretaria de Saúde intensificou visitas residenciais nas regiões

Jô Folha -

Já foram identificados seis pontos com foco do mosquito Aedes Aegypti em Pelotas neste ano. Cinco deles no bairro Porto e, o mais recente, no Fragata. A combinação de períodos chuvosos com sol e calor torna o ambiente extremamente favorável à reprodução do mosquito, alerta a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que já deslocou equipes da Vigilância para estas áreas. A orientação é não deixar água acumulada em pátios e dentro das residências.

Há ainda um caso suspeito de dengue de um morador do Centro. Ele teria viajado para Santa Catarina recentemente e apresentava os sintomas da doença. Ele foi examinado pela SMS e liberado. Os exames realizados ainda não foram concluídos. Sendo morador do Centro, mesmo antes de sair o resultado do exame, equipes da Vigilância já realizam as visitas domiciliares também nesta região.

“A gente segue nos locais onde há foco até atingir um percentual alto de imóveis visitados”, informa Isabel Madrid, chefe do Departamento de Vigilância Ambiental da SMS. Quando há uma suspeita, automaticamente a equipe de vigilantes que atende a região é reforçada e imóveis num raio de 300 metros do foco são visitados. 

Pelas características de cada bairro, em alguns o índice é alcançado em poucos dias, enquanto outros há mais dificuldade. No Porto, por exemplo, pelo alto número de imóveis abandonados, as equipes conseguiram visitar cerca de 60% das residências na Balsa, na Ambrósio Perret, no Fátima. No Fragata, índices se aproximam dos 80%.

Na tarde de quinta-feira (24), Matheus Matos e Nina Abrantes visitaram casas na rua Alexandre Mendonça, no bairro Fragata. “São visitas e orientações aos moradores. Retiramos a água de alguns pontos acumulados e conversamos com moradores”, resume Matheus, chefe da equipe no Fragata. O dono da casa visitada, Leonardo Oliveira da Silva, 27, comentou que já toma algumas providências para evitar o acúmulo de água, principalmente nos vasos de flores plantados no pátio.

Não deixar água acumulada
A orientação da Vigilância em Saúde é não deixar nada de água acumulada no pátio ou dentro de casa. “Às vezes as pessoas se preocupam mais com grandes volumes, como caixas d’água, piscinas. Mas é preciso estar atento porque os criadouros preferenciais são os com pequenos depósitos”, alerta Isabel.

O perigo está nos pratos de vasos de flores, uma tampa de garrafa pet perdida no pátio, uma pequena poça numa lona ou dentro de um pneu e dentro de garrafas, reforça. “A gente orienta também os moradores a escovarem uma vez por semana locais que acumulem água para eliminar qualquer ovo deixado pelo Aedes. Nestes meses chuvosos, precisamos triplicar o cuidado”, estimula.

Facilitar o acesso dos vigilantes
A Secretaria de Saúde também pede à população para sempre liberar o acesso aos vigilantes. São servidores devidamente identificados, com colete, crachá, uniforme. Os servidores também fazem horários alternativos, como no meio-dia ou no final da tarde, para encontrar em casa quem trabalha fora durante o dia. Qualquer dúvida é só ligar para 3284-7759 e falar com a Vigilância em Saúde.

Primeiro caso do Dengue do RS
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde confirmou, na quinta-feira (24), um caso de dengue em Panambi, no Noroeste do Estado. É o primeiro de 2019 no Rio Grande do Sul. No ano passado, nenhum caso foi registrado. Outros três casos de dengue foram confirmados com residentes dos municípios de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões, e dois em Sete de Setembro, também na região Noroeste. Os três contraíram a doença em viagens para outras regiões do país.

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