Dengue
Rio Grande do Sul confirma primeira morte por dengue
Vítima é uma mulher da Serra que teve primeiros sintomas identificados há uma semana
Foto: Divulgação - Já foram registrados 873 casos dentro do Estado
O Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmou ontem a primeira morte por dengue no Rio Grande do Sul em 2023. Trata-se de uma mulher, de 49 anos, residente do município de Bento Gonçalves.
A vítima, que tem histórico de hipertensão arterial, teve os primeiros sintomas em 9 de março, com febre, dor muscular, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, inapetência e dispneia. Internada na última terça-feira, ela veio a falecer no dia seguinte.
Cenário no Estado
Em 2023, já foram confirmados, no Rio Grande do Sul, 873 casos autóctones - isto é, quando o contágio ocorre dentro do Estado. No ano passado, o RS registrou os maiores índices da doença em toda sua série histórica. Foram mais de 57 mil casos autóctones, outros 11 mil casos importados (quando o contágio ocorre fora do Estado) e 66 óbitos em virtude da dengue.
O combate à dengue no Estado teve, neste ano, um investimento extra por parte da Secretaria da Saúde (SES), que, em fevereiro, fez um repasse financeiro de R$ 5,53 milhões para os municípios. O objetivo foi a implementação de ações de Atenção Primária à Saúde voltadas ao enfrentamento das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika). Os repasses foram feitos para utilização na manutenção e na estruturação das ações das Equipes de Saúde da Família e das Unidades de Saúde da atenção primária do SUS.
Sobre a dengue
A dengue é uma doença febril causada por um vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira). Os sinais podem se agravar, ocasionando o extravasamento de plasma ou hemorragias que podem levar a pessoa ao choque grave e à morte.
Ao apresentar sintomas, a pessoa deve procurar um serviço de saúde, ingerir bastante água e evitar uso de medicamentos por conta própria. O serviço médico fornecerá as orientações necessárias para cada caso. Algumas informações gerais são importantes: repousar; passar repelente corporal (para evitar que um mosquito se infecte); utilizar roupas que cubram braços, pernas e pés (a fim de diminuir as áreas disponíveis para o mosquito se alimentar); e utilizar mosquiteiro, principalmente com pessoas acamadas.
Prevenção
A principal forma de evitar a doença é a eliminação dos potenciais criadouros do mosquito. O inseto se reproduz em locais com água parada, por isso, algumas das principais recomendações previstas são:
- eliminar água parada dos pratinhos e vasos de plantas;
- manter caixas d'água tampadas;
- colocar tela nos ralos de água da chuva;
- secar pneus e protegê-los da chuva;
- limpar calhas da residência;
- escovar os pratos e trocar a água dos animais de estimação (uma vez por semana);
- manter piscinas limpas e com água tratada.
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