Pelotas

Rua está bloqueada a três meses e espera solução da prefeitura

Para que o problema seja resolvido, a Secretaria de Obras e Pavimentação necessita da intervenção do Sanep

Carlos Queiroz -

Poucas foram as mudanças na rua Carlos Gotuzzo Giacoboni, no Fragata, desde que o local foi interditado pelos próprios moradores. Um buraco de grandes proporções corta a via ao meio. Nele, água do esgoto acumula-se gerando o mau cheiro e favorecendo um criadouro de insetos. Para que o problema seja resolvido, a Secretaria de Obras e Pavimentação necessita da intervenção do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep). Este, por sua vez, aguarda uma autorização da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) para intervir. Há cerca de 30 dias a equipe de reportagem foi ao local e a autarquia já aguardava o documento.

A placa no local avisa: “Rua interditada! Favor cooperar com o protesto”. Reivindicação que já dura três meses e que pode estar longe de acabar. O problema foi ocasionado por aterros indevidos, colocados por posseiros na avenida Theodoro Müller. Segundo o diretor-presidente do Sanep, Jacques Reydams, para reverter a situação os invasores terão de ser retirados e o canal - que influência diretamente o escoamento de água da rua - limpo. Para amenizar a situação, na última semana foi feita a retirada da água empossada com um caminhão hidrojato e limpa fossa, além do saneamento de galerias e bueiros.

O drama da comunidade que utiliza a rua é antigo. Alexandro Pereira, 47, conta que foi obrigado a trocar o amortecedor do carro da esposa três vezes devido aos buracos da rua. A problemática agrava-se em dias de chuva. No trecho, Alexandro perdeu uma motocicleta ao passar pelo alagamento - que acontece repetidas vezes -, o motor se foi.

As nuvens escuras são o terror da moradora do Marisa Dias, 43 anos. “Cansei de sair de casa com água alta por causa das galerias entupidas. O problema sempre volta”, relata Marisa. O transporte coletivo e a coleta de lixo foram obrigados a mudar o trajeto, que antes passava pela Carlos Gotuzzo Giacoboni.

Novela
A falta de comunicação entre os órgãos responsáveis pelas obras pode ser o agravante da demora. O Sanep continua à espera da licença da SQA para intervir. A autarquia alega ter desenvolvido um projeto com supervisão da secretaria. O documento delimita a área já empossada impedindo o crescimento do território, e ainda soluciona a questão da drenagem.

Segundo Fabrício Tavares, secretário de Qualidade Ambiental, o licenciamento não foi deferido porque na última sexta-feira o projeto foi apresentado, mas alguns documentos não foram entregues. Jacques, em viagem, afirmou não saber desta ausência e que dará continuidade com sua equipe para que o projeto seja aceito.

Outro empecilho vagaroso é a retirada dos posseiros. Eles foram notificados em 13 de janeiro e, segundo a Secretaria de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana, as famílias tiveram 15 dias para apresentarem suas defesas. Agora está em fase de análise das argumentações. Posteriormente, cada caso será estudado, optando para a melhor solução dos envolvidos. Muitos deverão buscar junto à Secretaria de Habitação novas residências. Este procedimento é devagar e pode durar anos, frisa o gestor de Mobilidade Urbana, Gilberto Cunha.

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