Proteção

Sábado de movimentação na Casa das Vacinas

No Dia D da Campanha de Multivacinação, pais aproveitaram a folga para colocar a carteira dos filhos em dia

(Foto: Ítalo Santos) - Pai Emerson Silva levou o filho Arthur para receber a dose da HPV

A estratégia de aproveitar o sábado (21) para disponibilizar várias vacinas à população pelotense surtiu resultado. Pela manhã, a movimentação na Casa de Vacina foi de pais que têm compromissos durante a semana e não conseguem se deslocar até um ponto de imunização em busca da dose do bem para seus filhos. A maioria que passou pelo local diz aproveitar o dia para colocar a carteira em dia, sendo que o público era de meninos e meninas com mais de quatro anos, à procura de vacinas complementares. 

Os pais de Arthur Halal da Silva, 11, aproveitaram a disponibilidade de horário para levar o menino até o ponto de vacina, na Gonçalves Chaves esquina General Telles, onde recebeu a segunda dose da HPV. O técnico em segurança Emerson Domingues da Silva, 43, e a química e alimentos, Shanise Halal, 35, sugerem que não só o Dia D seja aproveitado para manter um ponto de vacina, pois muitos pais e responsáveis não têm como deixar seus trabalhos durante a semana, sendo que até horário de fechamento das Unidades Básicas de Saúde  (UBSs) às 17h, dificulta moradores de bairros que chegam em casa depois das 19h. "Acredito que até o estoque de sangue do hemocentro aumentaria se mantivesse um horário estendido ou abrisse no sábado", disse Silva. "Eu tenho sangue O-, mas tenho dificuldades em doar por causa do horário", salientou Shanise.

Quem também aproveitou o dia de folga foi a mãe do Martin Farias Borges, quatro, a auxiliar administrativa, Larissa Farias, 27. Como não tinha como justificar a saída do emprego para levar o filho até o posto durante a semana, aproveitou o sábado. Com a carteira em mãos, ela aguardava a vez para saber qual vacina de quatro anos estava em atraso. “É a única forma de deixar em dia as vacinas dele”.

A Campanha Nacional de Vacinação tem como objetivo aumentar os percentuais de imunizados, atingindo mais de 95% do público alvo. Nos últimos anos, as metas vêm tendo quedas preocupantes, pois a baixa procura pode trazer de volta doenças que já foram erradicadas no Brasil, como a poliomielite e o sarampo. 

Em relação à cobertura vacinal em Pelotas, em 2022 o público alvo da pólio imunizado contra a paralisia infantil foi de 15.764, mas apenas 63,21% receberam a dose. O Município só passou a meta de 95% com a vacina BCG, ano passado, com 97,15%. A Tríplice Viral D1 apresentou queda no período pandêmico (assim como as demais), mas se recuperou em 2022. Já a Tetra Viral teve uma queda de 68,96% para 11,85% em três anos. 


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