Mapeamento
Sanep começa diagnóstico no Sítio Floresta na segunda-feira
Assistentes sociais começam as visitas no início da próxima semana
Paulo Rossi -
Ao passar pela rua Ormindo da Silva, no Sítio Floresta, é possível identificar diversas moradias convivendo com um canal misturando água de drenagem e esgoto. Conversar com moradores da região sobre o assunto, na Zona Norte de Pelotas, normalmente gera os mesmos comentários: mau cheiro, ratos, sujeira que transborda em dias de chuva, ambiente perigoso para a saúde das crianças. A partir da próxima segunda-feira, dia 16, assistentes sociais ligados ao Sanep farão um mapeamento social, ambiental e sanitário do bairro, que será um dos primeiros contemplados com a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Novo Mundo.
A previsão da autarquia é entregar a obra em setembro de 2019. Até lá, o Sanep fará um trabalho de conscientização ambiental sobre a importância das residências se ligarem ao sistema em fase de construção. Em funcionamento, a ETE Novo Mundo irá tratar 100 litros de esgoto por segundo o projeto prevê novos módulos para alcançar o tratamento de até 300 litros por segundo. A obra deve chegar a valores próximos de R$20 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
Serão visitadas 400 residências do loteamento. “Importante reforçar para as pessoas do bairro para receberem os assistentes sociais, que estarão identificados com crachás e coletes, pra entender a importância da obra para a comunidade”, reforça o diretor presidente do Sanep, Alexandre Garcia. Ele lembra o caso do Laranjal, onde também já existe uma rede de coleta de esgoto e muitas residências ainda não fizeram a ligação.
O andamento da obra é satisfatório, avalia Garcia. E, de 18% de esgoto tratado em Pelotas, a nova estação elevará a porcentagem para 32%, segundo dados do Sanep.
Mapeamento da região
O mapeamento no bairro levantará dados sobre a situação da infraestrutura de saneamento nas residências e também irá trabalhar pelo viés de mobilizar a comunidade em torno da importância ambiental e social da obra. A partir deste estudo, será possível planejar ações para efetivar as ligações domiciliares, consideradas elemento chave no projeto.
Equipes visitarão as casas e aplicarão questionários entre os dias 16 e 24 de julho.
Situação incômoda
Morando há cerca de sete anos no Sítio Floresta, Daniele Brim, 35, viu pouca coisa mudar além da construção de casas. A entrada da casa fica a poucos metros de uma valeta com esgoto. Nos dias de chuva, conta, a água transborda e cria poças na rua. Uma das margens da valeta está desabando e moradores colocaram tábuas para a conter a erosão próxima da via. “E essas valetas? Vão acabar?”, indaga a moradora.
Há menos tempo no bairro, Fabiana Contreira, 39, aponta para a valeta a menos de um metro da entrada da sua casa quando é perguntada sobre a situação do esgoto no bairro. Na casa onde mora há pouco mais de um ano, o esgoto que corre na valeta invade seu pátio nos dias de chuva intensa. “Sem contar a criação de mosquito e rato que a gente vê todo dia aí dentro”, reclama.
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