Mais problemas

São Lourenço tenta não interromper serviço de hemodiálise

Única médica nefrologista deixará a Santa Casa segunda (21); hospital sofre com problemas financeiros

Paulo Rossi -

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Hospital enfrenta dificuldades com a escassez de recursos para pagar os trabalhadores (Foto: Paulo Rossi - DP)

A partir de segunda-feira (21) o atendimento em nefrologia e hemodiálise em São Lourenço do Sul deve enfrentar, ao menos temporariamente, algumas dificuldades. A única médica especialista na área pediu rescisão do contrato e ainda não há definição do novo profissional para assumir a atividade.

De acordo com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o motivo da saída da nefrologista é o atraso no pagamento dos salários, que no caso dela já chegaria a nove meses.

A partir de terça, sem a nefrologista e caso não haja contratação imediata de um substituto, os 30 pacientes que realizam hemodiálise no município terão que se deslocar 72 quilômetros até Pelotas ou 76 quilômetros até Camaquã. Em ambos os casos, precisarão encarar viagens que duram cerca de 1h15min na ida e na volta, além do tempo de espera e atendimento nos municípios vizinhos.

“Não ficarão sem atendimento”, garante secretária
A secretária de Saúde afirma que nenhum paciente ficará sem atendimento de nefrologia na Santa Casa. Em conversa com o Diário Popular, Arita Bergmann garantiu que desde que a médica informou que pretendia rescindir o contrato a direção do hospital e o município passaram a avaliar substitutos para a tarefa.

“Temos perspectivas concretas de contratar logo o novo médico. Não vai haver paralisação do atendimento. Há estrutura logística para, caso necessário, transportar os pacientes para Pelotas ou Camaquã”, garante. Ela lembra, ainda, que em outras oportunidades em que nefrologistas deixaram de atender por férias ou outras razões, a Santa Casa supriu momentaneamente as faltas com técnicos que estão habituados a prestar o serviço na hemodiálise. “É uma alternativa”, aponta.

Situação do hospital
A Santa Casa de São Lourenço do Sul conta atualmente com 100 leitos, sendo 30 deles destinados a usuários do serviço de saúde mental.

Segundo a Secretaria de Saúde do município, o déficit acumulado do hospital vem reduzindo e hoje é de R$ 8 milhões. Por mês, faltam em torno de R$ 500 mil para fechar as contas, o que tem causado atraso de seis meses na remuneração dos médicos e de 30 dias no caso dos demais funcionários.

Apesar das dificuldades, a perspectiva da gestão da instituição é equilibrar as finanças até outubro, quando espera colocar todos os pagamentos em dia. Para isso, explica Arita Bergmann, município e hospital negociam com o governo do Estado novos repasses de incentivos relativos à abertura de oito leitos de saúde mental para crianças e adolescentes, custeio da regionalização de partos e maior valorização pelas internações hospitalares.

A reportagem buscou contato com a administração da Santa Casa, mas foi informada por uma atendente que os gestores estariam disponíveis somente a partir de segunda-feira.

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