Tristeza

Segue o mistério sobre o desaparecimento da estudante Mirella Gomes

Jovem de 18 anos foi deixada em frente à Faculdade de Medicina da UFPel há exatos três meses e nunca mais foi vista

A angústia e o mistério seguem. O desaparecimento da jovem Mirella Pinto da Mota Gomes, 18, completa três meses neste sábado. A dor de familiares e amigos se amplia diante da falta de respostas. A Polícia Civil mantém as investigações, mas afirma que até o momento não há indícios da prática de crime.

A acadêmica de Nutrição da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) foi deixada em frente à Faculdade de Medicina, no bairro Fragata, onde faria monitoria, mas não chegou a cumprir o compromisso daquela manhã.

Ao conversar com o Diário Popular, o pai da estudante, Eli Mota, voltou a clamar por informações que permitam indicar o paradeiro. "A gente tem esperança de encontrá-la, mas é muito sofrimento", afirma. Impossível uma noite de sono tranquilo. "A gente acorda de madrugada e não consegue mais dormir". São muitas indagações em aberto.

O que diz a Civil
O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, Félix Rafanhim, garante que todas as possibilidades técnicas e legais têm sido utilizadas para desvendar o caso, mas prefere não detalhar as ações. As incógnitas, entretanto, permanecem. O telefone celular consta como inativo. A análise do computador da jovem, até agora, não gerou nenhuma informação que possa contribuir com as investigações. "Os casos de desaparecimento são muito complexos e, por si só, não são considerados crimes", lembra. E pondera: "Sabemos que para a família é uma tragédia e torcemos que ela esteja bem, mas até o momento não temos nenhuma novidade".

O acompanhamento do MP
Como de praxe, o Ministério Público abriu procedimento para acompanhar o trabalho e trocar dados com a Polícia Civil. "Nenhuma informação que nos chega é desconsiderada", assegura o promotor José Olavo Bueno dos Passos. E faz coro às palavras do delegado quanto à complexidade dos casos de desaparecimento; em especial aqueles em que o cidadão tem perfil e rotina que não passam por desavenças ou comportamentos de risco.

Relembre
Mirella Gomes é conhecida pela dedicação aos estudos e um ótimo desempenho, desde os tempos de colégio, em que se destacava entre as melhores notas da turma. Sempre foi uma menina discreta. Em geral, deslocava-se com familiares ou amigos. Ela e a irmã gêmea, Mariana, nunca tiveram o costume de andar sozinhas na rua. Nos últimos tempos, cogitava trocar de curso. Já tinha inclusive feito inscrição para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para, quem sabe, interromper a faculdade de Nutrição e dar início à Odontologia ou Psicologia.

Colabore!
Polícia Civil: 197
Familiares de Mirella: (53) 99987-0763 e 98135-1903


Melhorias no sistema de câmeras da UFPel
A fase é de ampliação do sistema de videomonitoramento na UFPel. Em breve, mais 46 câmeras e sete prédios passarão a integrá-lo, em um total de 293 câmeras e 32 locais da instituição monitorados. Os equipamentos da Faculdade de Medicina (Famed) - que não contribuíram nas investigações e são alvo recorrente de críticas da Polícia Civil -, finalmente, começaram a gerar imagens.

"Elas estavam fisicamente instaladas, mas não estavam no sistema sendo monitoradas por problemas na estrutura de rede", explica a técnica do laboratório de Videomonitoramento, Heloísa Helena da Rosa. E faz questão de enfatizar que 47 câmeras, que captam movimentação de áreas públicas, são espelhadas para o controle da Guarda Municipal (GM) e transformam-se em medida para integração no setor de Segurança Pública, em que a comunidade tanto clama por investimentos.

O sistema da UFPel mantém as imagens gravadas por 30 dias, mas só as concede mediante solicitação judicial. As imagens são monitoradas ao longo de 24 horas. Em breve, a Sala ganhará mais telas, para elevar o número de pontos que poderão ser observados ao mesmo tempo.

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