Saúde
Sem correria aos postos
Há uma semana foi ampliada a cobertura vacinal contra o sarampo; movimento nas unidades é considerado normal
Paulo Rossi -
Uma semana após a medida preventiva do Ministério da Saúde (MS) que incluiu uma dose extra da vacina contra o sarampo para bebês, a procura pela imunização em Pelotas está dentro da média, conforme a enfermeira da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Rita de Cássia. O fato de o município não ter registrado nenhum caso da doença, conta, contribui para que não haja correria aos postos, e ressalta que o município dispõe de estoque suficiente para atender a demanda. Rita explica que, neste caso, não há uma campanha ou um dia D. O que ocorre é a oferta de uma dose zero da vacina para quem vai aos locais com o intuito de prevenir as crianças de seis meses e menores de um ano contra a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, essa faixa é mais suscetível a casos graves e óbitos provocados pelo sarampo.
A pequena Lívia Domingues, de seis meses, faz parte do público-alvo. A mãe dela, Geiciele Kerne, conta que decidiu levá-la para tomar a vacina após uma consulta com a pediatra. "Ela recomendou que a Lívia tomasse a dose extra". Mesmo com o Rio Grande do Sul sem casos registrados da doença, ela afirma que a prevenção é válida por conta de pessoas vindas de estados onde o sarampo está presente.
O Brasil já soma 2331 casos confirmados de sarampo nos últimos 90 dias, conforme o último boletim divulgado quarta-feira pelo MS. De acordo com o órgão, até o último dia 24, eram 13 os estados com casos confirmados da doença. São Paulo com 2.299, lidera a lista, seguido por Rio de Janeiro (12), Pernambuco (5), Santa Catarina (4), Distrito Federal (3), Bahia, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe, Goiás e Piauí contam, cada um, com um caso.
Calendário deve ser seguido
A dose zero não substitui as vacinas de rotina previstas no Calendário Nacional de Vacinação, que devem ser mantidas. Mesmo crianças que já tomaram a dose extra, devem receber a Tríplice Viral prevista aos 12 meses (1ª dose) e aos 15 meses (2ª dose), com um intervalo de 30 dias.
Miguel Fonseca, de um ano e dois meses não tomou a dose zero, mas recebeu a Tríplice Viral referente aos 12 meses, seguindo o calendário de vacinação. Karen Fonseca, a mãe, conta que tem acompanhado as notícias sobre o sarampo e considera a vacinação importante, pois a doença é grave.
Além das crianças, os adultos também devem ser imunizados. Quem tomou apenas uma dose até os 29 anos de idade, deve tomar a segunda dose da vacina. Pessoas com um ano até os 29 que não tomou, perdeu o cartão ou não se lembra deve applicad duas doses. De 30 a 49 anos, apenas uma dose. Quem comprova as duas doses da vacina do sarampo, não precisa se vacinar novamente.
Em Pelotas, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o Centro de Especialidades disponibilizam as doses da vacina.
A doença
*O Sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus. O único meio de evitá-la é por meio da vacina.
*A transmissão é causada por via aérea, quando o doente tosse, espirra, fala ou respira.
*Os principais sintomas são:
febre acompanhada de tosse,
irritação nos olhos,
nariz escorrendo ou entupido,
mal-estar intenso
*Fonte: Ministério da Saúde
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