Atualizada às 15h57min para acréscimo de informações.

A concessão de 11 linhas do transporte coletivo da zona rural de Pelotas emperrou de novo. A abertura dos envelopes com as propostas das empresas deveria ter acontecido no início da tarde de sexta-feira (11), mas ninguém manifestou interesse. Esta já é a segunda licitação lançada pela Prefeitura somente em 2018 e não deve ser a última. A Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) afirma que vai fazer mudanças necessárias na licitação e lançar um novo documento.

O titular da STT Flávio Al Alam assegura que a próxima licitação manterá o valor da passagem em R$ 3,35. Alterações em outros pontos do edital serão analisados pela secretaria. "Nossa intenção é deixar mais atraente para que haja interessados", explica. Alguns itens do edital chegaram a ser questionados pela empresa Bosembecker, mas a comissão responsável considerou improcedentes as considerações.

A empresa atua há 63 anos e tem interesse em se manter no ramo. "Nós gostamos do que fazemos", comenta a proprietária Adriana Bosembecker. No entanto, ela argumenta que o recurso oferecido pela prefeitura é insuficiente e não atende à demanda do serviço. "O número de funcionários é muito baixo", pontua. Ela considera que a quantidade de motoristas, por exemplo, deveria ser ampliada de 17 para 25.

Poucas mudanças

Foram mínimas as alterações entre a primeira e a segunda licitação para a concessão do transporte rural. O principal ponto modificado é o que trata do subsídio da tarifa. O valor da passagem será reduzido para R$ 3,35 e igualado à tarifa urbana. Apesar disso, o preço considerado no edital é R$ 7,12. A diferença será custeada pela prefeitura.

O item foi questionado por empresas inicialmente interessadas no serviço que temiam o atraso desses repasses. A solução encontrada foi transferir em parte essa responsabilidade ao usuário. Se a prefeitura não pagar o montante em até 60 dias, as empresas podem cobrar a diferença do passageiro. O próximo edital deve trazer mudanças mais significativas.

Linha do tempo

9 de janeiro: é lançada a primeira licitação para concessão do transporte coletivo rural de Pelotas
9 de fevereiro: nenhuma empresa apresenta proposta e a licitação é considerada deserta
21 de março: prefeitura divulga um novo edital para a concessão
26 de abril: empresa Bosembecker pede esclarecimentos sobre alguns pontos do edital e licitação é suspensa
7 de maio: é remarcada a abertura dos envelopes referentes à segunda licitação
11 de maio: nenhuma empresa apresenta proposta e a licitação é considerada deserta novamente