À espera

Sem previsão para o Centro Materno-Infantil

Projeto encaminhado em junho pela prefeitura ainda está na fila de análises do Ministério da Saúde

Gabriel Huth -

Por Júlia Müller
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(Estagiária sob supervisão de Débora Borba)

Ainda não há previsão para o início das atividades do Centro Materno-Infantil. O projeto foi desenhado com o objetivo de ocupar o local previsto para sediar a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Avenida Bento Gonçalves, no prolongamento da via, em Pelotas. A documentação referente à modificação do espaço foi encaminhada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ao Ministério da Saúde em junho, e ainda passa pelas análises do órgão. Além disso, o orçamento para custear o serviço precisa ser revisto, assim como as formas de obtenção dos recursos.

Há quatro meses, quando enviado à Comissão de Readequação da Rede Física do Sistema Único de Saúde, órgão da esfera federal, o documento passou a ser analisado. Desde então, algumas informações complementares foram solicitadas à SMS e Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (Famed/UFPel) - que é parceira do projeto - mas ainda sem um prazo determinado para o fim do processo. A Universidade é uma das peças principais no funcionamento dos serviços de acompanhamento médico especializado das gestantes, recém-nascidos e crianças. Os atendimentos que hoje ocorrem nas dependências da instituição vão passar para o Centro Materno-Infantil. “Os serviços funcionam hoje em pontos distintos da Famed, por isso a ideia de unificar”, explica o diretor da Faculdade, Marcelo Capilheira.

Quando retornar ao município, o projeto ainda vai esbarrar na dificuldade de aquisição dos recursos. “Estamos vivendo um momento muito difícil. (...) Não temos uma perspectiva financeira muito boa para o próximo ano”, afirma o assessor de gabinete da SMS, Paulo Osório. O futuro do Centro Materno-Infantil ainda é incerto. A princípio, o orçamento prévio não é suficiente para manter os serviços.

Algumas possibilidades estão sendo estudadas para que o serviço funcione. Segundo Osório, entre elas está a diminuição do quadro de funcionários e horário de funcionamento - o projeto original prevê 12h de serviço. Outra, é a busca por mais parcerias e linhas de financiamento.

A Famed aguarda a resposta da prefeitura, que depende da Comissão de Readequação da Rede Física do SUS. Por conta do atual contingenciamento de verbas na área da Educação, a UFPel não tem como arcar com os custos da compra de equipamentos. Um dos objetivos da parceria é o diagnóstico precoce de problemas no desenvolvimento das crianças, o que pode ser feito durante a gestação. Para isso, é preciso que seja montada uma sala com equipamentos especiais para intervenção nos pequenos. “Hoje a compra ficaria inviável”, aponta o diretor da Faculdade.

O que já andou
Desde que foi enviado o projeto do Centro Materno-Infantil à esfera federal, em junho, a SMS trabalha na compra de materiais e mobiliário para compor o espaço. Cadeiras, armários, mesas, macas e computadores já foram adquiridos, conforme informou o assessor de gabinete da pasta. A previsão era que todo mobiliário fosse instalado até o final de setembro. Uma licitação para instalação dos ares-condicionados está sendo aberta. Assim como consta na proposta inicial de uso do local, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Regional já funciona no espaço localizado no prolongamento da Avenida Bento Gonçalves.

O que oferece o Centro Materno-Infantil
O serviço prevê o acompanhamento das mães, recém-nascidos e crianças durante todas as fases do desenvolvimento. Desde a gestação até o crescimento da criança. Profissionais das áreas de Fonoaudiologia, Nutrição, Educação Física, Neuropediatria, Terapia Ocupacional, Psiquiatria e Psicologia serão escalados pela Famed para atuar no Centro. A integralização dos setores prevê que, uma vez localizado os casos, as grávidas e os bebês entrem no radar de observação da equipe médica de trabalho e dos grupos de pesquisa da UFPel.

As consultas médicas também serão realizadas no local, projetado para receber a aparelhagem necessária para realização de exames, como retirada de sangue, ultrassonografia e eletroencefalograma - esse último será novidade na rede pública de saúde.

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