Para lembrar
Semana da Diversidade é aberta oficialmente
Prefeitura regulamentou o Conselho LGBT e nomeou o encontro das ruas Santa Tecla e Cassiano como Travesti Juliana Martinelli
Até domingo (25), Pelotas celebra sua Semana da Diversidade, mostrando que o público LGBT pertence a todos os lugares - e todos os lugares também lhe pertencem. Na abertura das atividades, realizada no Salão Nobre do Paço Municipal, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) sancionou duas importantes decisões, que aproximam a cidade de uma convivência de mais respeito e inclusão: o decreto 6.129 regulamentou o Conselho Municipal de Direitos e da Cidadania LGBT em Pelotas, e o decreto 6.127 nomeou a esquina das ruas Barão de Santa Tecla e Doutor Cassiano como Travesti Juliana Martinelli.
As assinaturas foram acompanhadas por representantes do movimento e parceiros das entidades organizadoras da Semana da Diversidade: Grupo Também, ONG Gesto, Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Levante Popular da Juventude, Núcleo de Gênero e Diversidade (Nugen) da UFPel, Grupo Interdisciplinar de Estudos em Gênero e Diversidade Sexual do Colégio Municipal Pelotense (Diversus) e Grupo de Estudos Etnográficos Urbanos (Geeur), que também representam, conforme destacou a prefeita, a causa da tolerância, da harmonia e do respeito às pessoas. “Estamos no caminho certo, evoluindo no sentido da tolerância e do respeito às diferenças, que são tão positivas, tão ricas.” Ainda durante a abertura, a bandeira do Orgulho LGBT foi hasteada na sacada da prefeitura.
Parada da Diversidade
Seguindo o tema deste ano, Todo lugar é LGBT, a Parada da Diversidade, programada para o domingo, dia 25, chega a um novo e tradicional espaço frequentado pelos pelotenses: o Mercado Central. O organizador do evento, Gengiscan Pereira, enfatizou a importância de o público LGBT ocupar estes espaços e mostrar que está em todos os cantos, enfrentando as adversidades.
A programação do evento prevê ainda rodas de conversa, mostras artísticas e peças teatrais, e caminhada de divulgação da Parada da Diversidade.
A representante do Nugen - UFPel, Márcia Monks, enfatizou ainda o combate à violência, especialmente contra o público trans, como uma das principais bandeiras do movimento, que busca dar maior visibilidade a essa parcela da população que sofre na pele a falta de respeito. Justamente por isso, a nomeação da esquina das ruas Barão de Santa Tecla e Doutor Cassiano como Travesti Juliana Martinelli, ativista que morreu no ano passado, é tão significativa.
Quanto ao Conselho, ele possibilita que sejam criadas políticas públicas com base na experiência dos movimentos LGBT, dando mais segurança e garantia de respeito aos direitos. “Essa causa é muito mais do que uma causa de governo. É uma causa das pessoas que acreditam no seu potencial, que acreditam e respeitam o outro. Queremos fazer de Pelotas uma cidade que tem orgulho, assim como eu, da sua diversidade”, finalizou Paula.
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