Muitos foram os posicionamentos que motivaram a manifestação realizada pelo Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindijus), em frente ao Foro da Comarca de Pelotas. Funcionários do Judiciário paralisaram as atividades na tarde desta quarta-feira (8), e foram às ruas chamar a atenção por suas reivindicações. O ato faz parte de uma mobilização estadual do Sindicato, e teve como principal requerimento o fim do congelamento dos salários da classe. O restabelecimento salarial é um direito garantido por lei e, conforme a categoria, não ocorre desde 2014. Outra reivindicação é a retirada do PL 93/2017, que tramita na Assembleia Legislativa, e que acabaria com os cargos de oficial escrevente, que seria substituído pelo cargo de técnico judiciário. O protesto também chamou atenção para a insatisfação com a atual proposta de Reforma da Previdência.

Saionara Borges é oficial escrevente e falou sobre o que a motivou a participar do protesto. "A situação é crítica, é caótica, nós estamos apavorados. Estamos há cinco anos sem restabelecimento salarial, enquanto o magistrado (juízes) já recebeu um total de 30% nesse período. E agora ainda temos essa incerteza quanto à aposentadoria", posicionando-se também contra a proposta de Reforma da Previdência.

Márcia Ferro Amaro é representante sindical da Comarca de Pelotas e sinaliza que a categoria está em estado de greve por tempo indeterminado, até que haja resposta de ofício enviado ao Tribunal de Justiça, com todas as reivindicações. "Podemos sim falar em descaso. Por que para os juízes o restabelecimento acontece e pra nós não?", protesta a sindicalista. O protesto foi de uma hora. Das 14h às 15h, o serviço no Foro foi interrompido.