Quinta-feira (7) será dia de mobilização entre os servidores federais de todo o país. Em Pelotas, a Associação de Docentes da UFPel (Adufpel), a Associação de Servidores da UFPel (Asufpel) e o sindicato dos servidores do IFSul (Sinasefe) já anunciaram a adesão à paralisação. Nas duas instituições não deverá haver aulas. Em apoio ao Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público, também será realizado um ato de protesto às 17h, no calçadão da rua 7 de Setembro.

A pauta central das manifestações é a campanha salarial dos servidores públicos federais. Eles defendem a manutenção dos acordos feitos com o governo federal em 2015 e a garantia do reajuste salarial de 2019. Para os trabalhadores, a negociação ainda não teve avanços e os acordos já feitos estão ameaçados, daí a necessidade da paralisação. “Boa parte das categorias ainda não teve um reajuste significativo, que acompanhasse a inflação e corrigisse a perda do poder de compra dos últimos tempos, e o governo não se mostrou disposto a conversar sobre”, defende Francisco Vitória, secretário da Adufpel e membro do Fórum de Servidores Públicos Federais de Pelotas.

Outra reivindicação dos servidores é a revogação de medidas instituídas pelo presidente Michel Temer (MDB) nos últimos dois anos. Uma delas é a Emenda Constitucional (EC) 95, promulgada em dezembro de 2016, que prevê um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. “Isso desqualifica o serviço público e desvaloriza o profissional dessas áreas”, opina Vitória. A classe também protesta contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista.

Novas pautas
A mobilização desta quinta está prevista desde maio pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais. Mas, após a greve dos caminhoneiros, novas reivindicações foram adicionadas. Além de tratarem sobre a campanha salarial e a revogação da Emenda Constitucional 95, os servidores protestarão contra as privatizações e Parcerias Público-Privadas. “Queremos a Petrobras 100% pública e estatal”, explica Francisco Brongar, membro da diretoria do Sinasefe. Outras pautas são a redução do preço dos combustíveis e a defesa do regime democrático.

Adesão ao ato
Em assembleia realizada na última segunda-feira, a Adufpel aprovou por unanimidade as mobilizações. A ampla maioria da Asufpel também optou pelo apoio às ações. Já no IFSul, o Sinasefe decidiu pela paralisação no início desta semana, tanto na Reitoria como nos campi Pelotas e Visconde da Graça (CAVG). Embora até agora não tenham anunciado paralisação, outras representações sindicais, como o Cpers e o Simp, manifestaram apoio às mobilizações.