Mobilização

Servidores reúnem-se em ato unificado, em Porto Alegre, nesta quinta

Trabalhadores da rede estadual de ensino podem deflagrar greve, em assembleia geral

A semana será de mobilização e pressão política entre os servidores do Estado, para tentar barrar a chegada de projetos do governo à Assembleia Legislativa que mexem diretamente com direitos históricos do funcionalismo. Na quinta-feira (14), um ato unificado irá reunir trabalhadores no largo Glênio Peres, a partir das 13h30min, em Porto Alegre. A expectativa é de que o manifesto se amplie e receba também servidores federais e de municípios. Entre os trabalhadores da Educação, uma assembleia geral durante a manhã poderá deflagrar greve.

Nesta terça-feira (12), professores e funcionários de escola do 24º Núcleo do Cpers-Sindicato realizam assembleia em Pelotas, a partir das 15h30min, para definir a posição dos profissionais da região. "Pelos ataques que temos sofrido e pelas propostas do governo, a perspectiva é de greve", projeta o diretor Mauro Amaral. A categoria enumera várias razões para interromper as atividades: o atraso no pagamento dos salários que completa quatro anos, a falta de reajuste há cinco anos e os projetos que estão por vir: mudanças no Plano de Carreira do Magistério, alterações no Estatuto do Servidores e a Previdência Estadual.

Somente uma mobilização massiva, forte e unificada pode obrigar Eduardo Leite a recuar - destaca o chamamento ao funcionalismo. A Polícia Civil é um dos órgãos que já confirmou paralisação de dois dias nesta semana.

Medidas adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) também serão alvo de manifestação nesta quinta-feira, na capital gaúcha.

Conheça alguns pontos que geram protesto dos trabalhadores da Educação
- Achatamento da carreira: No atual Plano de Carreira, a diferença do salário básico entre o topo e o início da trajetória profissional é de 200%. A proposta elaborada pelo governo de Eduardo Leite (PSDB) prevê apenas 52%. Entre o nível médio e o doutorado, sem alteração de classe, o projeto prevê apenas 7% de aumento. Em outros estados brasileiros a diferença entre o topo e o início da carreira é bem mais elástica, inclusive, em relação ao Plano que está em vigor no Rio Grande do Sul: no Paraná 364%, em Minas Gerais 291% e no Ceará 266%.

- Piso do Magistério: As vantagens serão integradas ao básico para mascarar o pagamento do Piso e o valor excedente transformado em parcela autônoma, que não sofrerá reajuste e perderá valor real com cada alta da inflação. Pior: eventuais aumentos do básico serão descontados da parcela autônoma, condenando grandes segmentos da categoria ao congelamento de seus contracheques até que toda a parcela seja integrada ao básico.

- Fim das vantagens temporais: triênios, quinquênios e avanços para professores e triênios e quinquênios para funcionários de escola.

- Difícil acesso apenas para escolas do campo.

- Fim da incorporação de gratificações para a aposentadoria.

- Aumento da contribuição para a aposentadoria.

- Fim do abono de falta para participação em atividades sindicais.

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