Pandemia

Temperaturas mais baixas exigem cuidados

Clima deve ficar mais frio neste mês de maio e as estratégias de prevenção contra doenças virais precisam ser redobradas

Carlos Queiroz -

Pelotas tem vivido temperaturas mais baixas nos últimos dias. O outono pelotense marcou nesta semana índices mais amenos, com registros de temperaturas na casa dos 12ºC. Com pouco mais de um mês até o inverno, a Zona Sul enfrenta os desafios causados pelo coronavírus e os efeitos da estiagem, cujos reflexos deixaram a barragem Santa Bárbara - responsável por 60% do abastecimento de água do município -, 3,55 metros abaixo do vertedouro. A perspectiva para as próximas semanas, no entanto, deve intensificar o quadro e os cuidados com a saúde devem ser redobrados.

O mês de maio marcará novamente um período em que as chuvas ficarão mais frequentes na cidade, mas ainda abaixo da média esperada. A curto e médio prazo, não há uma tendência de recuperação no quadro da estiagem. Segundo a meteorologista do MetSul, Estael Sias, as chuvas são trazidas por frentes frias, que são um fenômeno de maior abrangência no estado e que devem, gradativamente, começar a intensificar conforme a chegada do inverno. “A frente fria traz a chuva. Logo depois, chega a massa de ar polar, que traz o ar seco e frio. À medida que mais frentes frias passam pelo estado, também vamos ter mais massas de ar polar. Chuvas mais volumosas, por mais dias, e uma consequente queda de temperatura devem acontecer à medida que nos aproximamos do inverno” explicou.

As temperaturas mais baixas em relação ao que era registrado já puderam ser sentidas pelos pelotenses nos últimos dias. Entretanto, dias mais frios serão registrados a partir desta quarta-feira (6). Em regiões mais altas, onde se localizam cidades como Pinheiro Machado e Canguçu, há uma possibilidade de temperaturas próximas a 1ºC e de geada quinta e sexta-feira.

Precauções

As temperaturas frias proporcionam um ambiente propício para o desenvolvimento dos vírus. A Covid-19 está em evidência em razão da pandemia, mas outros organismos podem causar doenças que também exigem cuidados. A pneumologista Juliana Seibert compara com as safras agrícolas. “Assim como temos épocas ideais para colher determinadas frutas, as temperaturas mais baixas são o momento que gera mais condições para o desenvolvimento de doenças respiratórias” explica.

Assim como as precauções que foram redobradas para prevenir o contágio pela Covid-19, utilizar álcool gel, lavar sempre as mãos e usar luvas são alguns dos cuidados que podem ser adotados para prevenir outros vírus. Mesmo com as temperaturas mais baixas, é importante manter sempre a casa arejada, para garantir a circulação do ar e que os organismos não fiquem no ambiente. “Eu vejo o pessoal falando que vai fechar a casa para não entrar um vento frio que transmita doenças, mas é justamente fechar a casa que pode causar isso. Em um ambiente fechado, os vírus ficam ‘agrupados’ e isso facilita o contágio” destaca. Os aparelhos celulares, que estão presentes na vida de muitos cidadãos, também deve ser higienizado, pois pode transmitir doenças.

Ela também aponta que o frio não transmite vírus e, sim, o contato, principalmente com as mãos. “O frio não causa doenças. Não é comprovado que a queda de temperatura traga mais doenças. O contágio se dá normalmente através das mãos, porque está sujeita a gotículas contaminadas que podem causar danos. Os vírus não possuem a capacidade de penetrar na pele, mas, ao entrar em contato com superfícies úmidas do nosso corpo, como boca e olhos, podem causar doenças” aponta.

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