Saúde

Teste rápido para HIV está à venda

Produto é similar ao de glicemia e está disponível nas farmácias

Paulo Rossi -

Embora pouco divulgado e por isso mesmo sem procura ainda, há um mês está disponível nas farmácias de rede em Pelotas o teste rápido para detecção de HIV. Custa R$ 75,00 e funciona similarmente ao de glicemia. Ou seja, é preciso coletar uma gota de sangue e submeter ao produto que vem no kit. O resultado sai entre 15 e 20 minutos. Na rede pública o exame pode ser realizado em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) e no Centro de Especialidades, gratuitamente. Em Pelotas existem 4,7 mil pacientes cadastrados, muitos ainda na adolescência.

O autoteste Action é fabricado pela OrangeLife, que produz testes rápidos para detecção de várias doenças, como dengue e leptospirose. A empresa garante 99,9% de precisão no resultado do exame, que tem capacidade para detectar o vírus HIV 30 dias após a contaminação. O kit é formado por dispositivo de teste, líquido reagente, lanceta específica para fazer o furo no dedo, sachê de álcool e tubo para coleta de sangue.

De acordo com a gerente de farmácia Paula Farias, o desconhecimento sobre o produto não é o único fator para ainda não ter sido vendido nenhum kit no estabelecimento onde trabalha. Ela acredita que as pessoas podem ficar envergonhadas de buscar o produto em balcão. Mas a grande maioria, no entanto, não sabe da existência do teste, que pode ser comprado e feito em casa.

Caso o resultado seja positivo, é aconselhável a realização de um exame laboratorial para confirmar o diagnóstico. Nas UBSs o teste confirmatório também é feito e uma vez comprovado o reagente, o paciente é encaminhado para o Centro de Atendimento Especializado da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que funciona junto à Faculdade de Medicina, no Fragata. O município tem uma parceria para o atendimento à rede pública.

O tratamento hoje em dia pode ser basicamente com um único comprimido ao dia, mas cada caso é diferente do outro, salienta a assistente social Maria Alice Rodrigues, do Departamento Municipal de DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo ela, dos 4,7 mil pacientes cadastrados no serviço, a maior incidência é de jovens e homens. Há portadores de HIV com 16 anos.

Estatísticas
- Total cadastrado na rede pública: 4,7 mil pacientes
- Em 2016 foram 231 novos casos e em 2015, 226 
- 62% dos infectados são homens e 38% mulheres
- 23% têm idade entre 16 e 25 anos, sendo a maior incidência
- 16% de 25 a 30 anos
- 61% estão nas demais faixas acima de 30 anos

Fonte: SMS

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Dicas antes de encarar o Enem Anterior

Dicas antes de encarar o Enem

Foco é combater  o trabalho infantil Próximo

Foco é combater o trabalho infantil

Deixe seu comentário