Necessidade
Tiras para exames de glicemia estão limitadas na Secretaria de Saúde
Distribuição está sob controle a grupo de gestantes, crianças de até 12 anos, transplantados e casos de urgência; motivo é a falta de repasses do material pelo Estado
Paulo Rossi -
A falta de tiras para exames de glicemia preocupa pacientes atendidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Pelotas. Conforme informações de pacientes, ou não há distribuição ou há limitação no número de tiras concedidas pela pasta. A responsável pela secretaria, Ana Costa, confirma que há limitação na distribuição, com a justificativa da falta de repasses do Estado.
De um total de 4.089 pacientes cadastrados na SMS, apenas um terço segue recebendo normalmente. O grupo definido como prioritário pela gestão municipal representa em torno de 1,2 mil diabéticos.
“Está restrito com priorização dos casos mais complexos”, informa a secretária Ana Costa. Integram o grupo prioritário as gestantes, as crianças de até 12 anos e os transplantados. Além destes, são atendidas também emergências pela Samu e ordens judiciais, segundo informações da própria SMS.
Os testes identificam a concentração de glicose no sangue e são realizados em diferentes momentos do dia. Normalmente em jejum, ao acordar e antes de cada refeição, incluindo lanches. A orientação médica varia de caso para caso e também depende do tipo da diabete do paciente.
Ana garante que a normalidade das entregas está condicionada à abertura do orçamento de 2019 e a regularização dos repasses estaduais. “Última competência recebida é metade de junho de 2018”, diz. A expectativa é que parte do recurso atrasado seja aos poucos normalizada a partir de fevereiro.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Luiz Guilherme Beletti, não havia recebido relato sobre a falta do material até a tarde de quinta-feira (24). No entanto, ele confirma que há uma limitação na distribuição. “Está bastante limitado. Não estão conseguindo adquirir o suficiente e estão limitando alguns casos”, comenta. Pelas informações obtidas pelo Conselho Municipal, o limite máximo tem sido de quatro fitas diárias por paciente.
Situação preocupa
É o caso de Arlindo Souza, que tem uma filha de 13 anos diagnosticada com Diabetes tipo um. Além de usar insulina, a indicação médica é que a adolescente faça até sete exames diários para verificar a concentração de glicose no sangue. Por mês, são necessários 210 fitas que custam mais de R$ 220,00, pelos preços pesquisados pela reportagem. Sem a entrega, é necessário apertar o orçamento para caber os outros filhos nesta conta.
“Até hoje nunca recebi todos os 210. Todo mês é uma indefinição, ou limitam a distribuição em 60 por paciente, o que é um risco para a minha filha”, comenta, com indignação. No caso da insulina, a distribuição está de acordo.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário