Manifesto
Trabalhadores da Cosulati cobram pagamento do adiantamento dos salários
Atraso gerou rápida paralisação na manhã desta quarta-feira, no Capão do Leão
Paulo Rossi -
O atraso no pagamento do adiantamento dos salários, previsto para segunda-feira, gerou manifesto dos trabalhadores da Cosulati, no Capão do Leão. Os funcionários fizeram rápida paralisação e só deram início às atividades por volta das 10h, após confirmação de que iriam receber nesta quinta-feira (14). A mobilização da categoria ocorre menos de um mês depois de a Cooperativa demitir 41 profissionais. Todos ainda aguardam o pagamento das rescisões contratuais.
Uma reunião chegou a ser realizada com o diretor administrativo, Almir Mendonça, mantido no cargo em assembleia extraordinária de associados na última semana. "A gente tem a preocupação de manter os postos de trabalho", destaca o diretor sindical Edelon Lopes, funcionário da Cosulati há 24 anos. Tempo que o permite traçar um paralelo. Do auge, com cerca de 600 mil litros de leite produzidos por dia e 850 funcionários - incluídos o frigorífico de frango e a fábrica de rações - à crise.
Atualmente, além dos salários repetidamente atrasados, os trabalhadores têm aguardado - sem resultados - pelo pagamento de férias. Também há dúvidas quanto ao 13º salário dentro do prazo legal, que se encerra em 20 de dezembro. Sem falar nas dívidas de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É um cenário, portanto, de insegurança e que, rapidamente, acaba por gerar mobilizações.
Expectativa com nova fase
Na última quinta-feira ficou aprovada pelos associados a formação de possível parceria com grupo chinês, que permitiria a exportação de leite em pó. Com a injeção de capital, não revelada pela direção enquanto a fase ainda é de tratativas, a Cosulati ficaria em condições de colocar em dia o pagamento também dos produtores de leite. Com toda a cadeia funcionando melhor e a provável recuperação financeira, seria possível sonhar com a retomada das unidades de frango, em Morro Redondo, e de rações, em Canguçu.
É uma projeção coletiva: de trabalhadores, de produtores associados e da direção da cooperativa.
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