Nos últimos anos, a construção de condomínios residenciais no bairro Sítio Floresta, nas Três Vendas, tem provocado o aumento no número de moradores, fazendo com que alguns serviços públicos, como a Unidade Básica de Saúde (UBS), acabem tendo estrutura insuficiente para o cenário atual. De olho na situação, o Poder Público confirmou a ampliação do espaço, mas aguarda a destinação de emenda parlamentar para que seja possível. Enquanto isso, a comunidade fica na expectativa que a proposta saia do papel.

De acordo com a diretora de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Mariane Laroque, o projeto inclui a construção de um prédio anexo à estrutura atual, com novos banheiros e consultórios, além de espaço para farmácia, setor de assistência social e puericultura. Com isso, a equipe de profissionais também será aumentada. O planejamento ainda inclui o cercamento do terreno.

No entanto, a obra, que possui um custo aproximado de R$ 300 mil, ainda não tem uma previsão de início, já que a prefeitura aguarda a destinação de recursos através de emendas parlamentares. Caso o envio de verbas não se confirme, o Executivo informa que irá estudar outra maneira de realizar a ampliação da unidade, tão necessária.

Situação atual

Atualmente, a UBS possui duas equipes com médicos e enfermeiros, além de atendimentos odontológicos e nove agentes comunitários de saúde. Caso a ampliação seja realizada, o local passará a contar com três equipes. Segundo a enfermeira Nívia Bosembecker, que presta apoio técnico à unidade, mesmo com o aumento populacional do bairro todos estão sendo acolhidos. Ela explica que, tendo em vista a projeção de expansão do Sítio Floresta, já que a construção de condomínios e bairros planejados continuam em seu entorno, a SMS resolveu se antecipar, aumentando a estrutura. “A gente visa ampliar a unidade para poder dar um melhor atendimento. Por mais que estejamos atendendo a todos, aumentou muito a demanda”, comenta.

Nívia ainda diz que as duas equipes de estratégia da família que atuam no posto suportam atender até oito mil pessoas, quantidade ultrapassada atualmente. “Essa população não deixou de ser atendida, mas aumentando a estrutura física teríamos como aumentar a equipe para poder trabalhar melhor. A gente visualizou o problema, fez o projeto e agora espera a emenda”, finaliza a enfermeira.

Comunidade pede médicos

Sabendo da possível ampliação da UBS, os moradores estão na expectativa para a execução da obra. Para a cozinheira Rosa Helena Lopes, 54, a melhoria é importante e necessária, mas ela aponta preocupação com o futuro do serviço. “Se colocar mais médicos e o serviço funcionar aqui dentro, tudo bem. Mas aumentar o posto e não ter gente para trabalhar é complicado”, ressalta. Rosa, que na tarde da última sexta-feira aguardava a abertura da unidade para consultar com o médico, relata que há mais de um ano a unidade não possui problemas com a falta de profissionais.

A dona de casa Dalva Hoffmann, 69, que se mudou para um dos condomínios residenciais do bairro há quatro anos, também aguardava atendimento. Ela conta que é a segunda vez que busca pelos serviços da unidade e sempre foi bem acolhida. Questionada sobre a possível ampliação da UBS, ela é direta ao falar que aprova a iniciativa. “Eu acho que vai ser muito bom, porque agora com os apartamentos vai ter mais moradores. Mas precisa colocar mais médicos, ou não vão dar vencimento de tanta coisa”, comenta.