Saúde

UBS Osório traça o perfil dos usuários

Estudo do curso de Farmácia da UCPel avaliou três cenários da população que recorre ao posto

Divulgação -

Durante 2018, acadêmicos do curso de Farmácia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) tiveram o desafio de mapear uma das três microáreas atendidas pela Unidade Básica de Saúde Osório (UBS). Através de um consórcio de pesquisa, orientado pela professora Janaína Motta, a insegurança alimentar, o atendimento e o uso de medicamentos pela população foram diagnosticados.

De acordo com a professora, o trabalho em consórcio possibilita o compartilhamento de uma mesma amostra, em que perguntas básicas são usadas por todos, variando apenas o desfecho (perguntas específicas). Além disso, o modelo de pesquisa diminui o índice de rejeição por parte do paciente que não precisa responder a vários questionários. Redução de custos, tempo e incentivo ao trabalho em conjunto também estão entre as vantagens.

Os dados identificados foram apresentados à equipe da UBS, composta por médicos, enfermeiros e assistentes sociais. “O nosso maior resultado é justamente a devolução das informações para que a UBS possa pensar em ações de atenção à saúde voltadas à prevenção e à melhoria dos problemas encontrados na comunidade”, acredita Janaína. Ao todo, a pesquisa avaliou 88,8% da população da microárea escolhida. Foram aplicados 229 questionários individuais e 157 socioeconômicos, os quais consideravam variáveis como o acesso das famílias a programas de transferência de renda, a escolaridade e o gênero do chefe das famílias, e a idade dos moradores da residência.

Saiba mais

Uso de medicamentos
→ Estudo da acadêmica Elizangela Pinz, revelou que 11,4% das mulheres e 4,5% dos homens fazem o uso de mais de um medicamento. No total, a microárea consome 337 medicamentos. Desses, 66% foram orientados por profissional do setor público, 23% do privado e 10% foram oriundos de automedicação.

→ Quanto ao acesso, 22,6% foram adquiridos na UBS; 21% na farmácia do SUS; 12% na Farmácia Popular e 32,3% em estabelecimentos comerciais.

Uso de medicamentos psicotrópicos
→ Feito pela estudante Taila Ehlert, que analisou o uso da substância química que age no sistema nervoso central. Do total da amostra que utilizava medicamentos, 80% consomem psicotrópicos.

Insegurança alimentar
→ Avaliada como leve, moderada ou grave, foi pesquisada pela acadêmica Ana Flávia Coquejo. 

→ A maior prevalência foi de insegurança leve (42%) que, segundo Janaína, se refere ao medo de não ter o que comer; 14% apresentaram insegurança grave; 12% moderada e 32% da comunidade estava em segurança alimentar. A maior prevalência de insegurança grave se deu em famílias que o chefe estudou entre um e três anos.

Acesso ao serviço de saúde
→ Temática da estudante Fernanda Bergmann, identificou que os usuários da UBS são, em maioria, mulheres com menos de 50 anos e Ensino Fundamental incompleto.

→ 35% da amostra buscou atendimento nos 15 dias anteriores à realização da pesquisa e 54,3% avaliaram o serviço prestado como bom, enquanto 22% considerou ótimo.

→ Dos atendimentos buscados pela população, 98,8% foram financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, desses, 81% foram realizados na UBS. A maior procura da comunidade foi por consulta médica.

→ Dos motivos, 43,2% apontaram revisão e acompanhamento. Hipertensão (30%), dislipidemia (13,5%) e diabetes (6,5%) estavam entre as doenças mais identificadas na amostra.

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