Entre muitos planos, diversos desafios mas com uma perspectiva positiva que a primeira Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) do município completa um mês de portas abertas. Na casa, que busca restabelecer vínculos familiares e sociais e a reinserção no mercado de trabalho daqueles que estão em reabilitação pelo uso de álcool e drogas, o clima ainda é de organização e qualificação dos serviços.

Como um dispositivo de reforço no trabalho oferecido pela rede de saúde, a unidade é um espaço de tratamento que funciona aliado ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD III) e à equipe de Redução de Danos. Durante seis meses de permanência no local, o paciente receberá o suporte da equipe de enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes e educadores sociais para buscar os vínculos familiares, caso existam, e também qualificar-se profissionalmente para voltar ao mercado de trabalho.

Atualmente são atendidos seis pacientes - a casa recebe apenas homens e sua capacidade máxima são dez pessoas -, os quais possuem atribuições dentro do local, como limpeza, por exemplo, e também frequentam oficinas nos Caps. O desafio, segundo a gerente de Saúde Mental de Pelotas, Cynthia Yurgel, é fazer com que estes pacientes se apropriem da residência ao mesmo tempo que são reinseridos socialmente. Outro ponto a ser destacado pela gerente é que o local não é um albergue ou abrigo, mas sim um espaço de tratamento médico voltado a um público específico.

Público este que valoriza a existência do serviço. Um dos residentes da casa foi encaminhado há cerca de uma semana. De lá pra cá conta sentir as dificuldades do processo de reabilitação, mas vê o local como uma oportunidade de voltar a ter contato com os filhos e também com a atividade de paisagista, que exercia anteriormente ao uso de drogas.