Hemopel

Uma atitude que salva vidas

Ação do Hemopel realizada no Shopping Pelotas possibilitou a inclusão de 90 novos cadastros ao Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea

Jô Folha -

Em todo o País, 850 pessoas ainda esperam por um doador não aparentado de medula óssea, conforme dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). No ano passado, 14 mil novos doadores do Rio Grande do Sul foram cadastrados no banco, que soma mais de 5 milhões de voluntários. E para aumentar esse número, o Hemocentro Regional de Pelotas (Hemopel) promoveu, ontem, uma ação no Shopping Pelotas que realizou o cadastro de 90 novos doadores, além de ter divulgado a importância da ação e solucionado dúvidas sobre o procedimento.

O estudante Renan Navroski já doava sangue frequentemente, e decidiu se tornar doador após ter visto que a iniciativa seria realizada no Shopping, o que facilitou o deslocamento. Todo o procedimento, desde o fornecimento dos dados até a retirada da amostra de sangue, foi realizado em menos de dez minutos. "Foi rápido", afirmou. Doadora há sete meses, Daiane Abreu, decidiu levar a colega de trabalho, Letícia Ribeiro, para realizar a ação. "Não tira quase nada e pode ajudar um monte", conta Letícia. Daiana lembra que decidiu se tornar uma doadora influenciada por campanhas promovidas para ajudar pacientes que precisam de um transplante de medula óssea, procedimento que pode ser utilizado para o tratamento de cerca de 80 doenças. Para ela, no entanto, uma maior divulgação sobre as ações assim como as etapas do processo, poderia contribuir para o cadastro de novos doadores, que no ano passado foi de mais de 291 mil em todo o país.

Coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Redome, é o terceiro banco do mundo com o maior número de doadores de medula óssea cadastrados, e o primeiro com financiamento exclusivamente público, contando com mais de cinco milhões de voluntários. No Rio Grande do Sul são 353.126 pessoas, o segundo estado da região Sul, atrás do Paraná, que possui 528.476 doadores. A região Sudeste é a que possui o maior número, com mais de 2,2 milhões. Em 2019, 411 transplantes de medula óssea com pacientes não aparentados foram realizados em todo o Brasil. Porém, para que a realização do procedimento seja possível, é preciso que haja compatibilidade tecidual entre o doador e o receptor, para que a medula não seja rejeitada. Por isso, após o processo de cadastro, que prevê a retirada de uma amostra de 5 mL de sangue do voluntário, o material é testado para a verificação de possível compatibilidade. Em caso positivo, o doador é contatado para confirmar a disponibilidade de doação. Neste sentido, a coordenadora do Hemopel, Gisele Pinto, destaca a importância de manter os dados atualizados, que permanecerão no registro nacional até que o voluntário complete 60 anos. Além disso, é preciso ter a consciência de que, após o cadastro, o voluntário poderá ser chamado para realizar o procedimento. "Há casos de pessoas que são chamadas e desistem", cita, lembrando que a chance de compatibilidade é de uma em cada cem mil. O processo de atualização cadastral pode ser realizado pelo site http://redome.inca.gov.br/doador/como-atualizar-os-dados/

Ação que salva vidas

A realização do cadastro pode salvar a vida de pessoas como a jovem Aisha Schaun, de 21 anos que realizou o transplante de medula há dois anos, para tratar de uma Leucemia. "Estou aqui para mostrar que vale a pena", afirma a estudante, que estava presente na ocasião. A jovem lembra que esperou por três meses para achar um doador compatível, mas se considera um caso raro, pois o tempo, em média, é maior. Com isso, afirma que o aumento no número de doadores cadastrados pode representar mais chances de compatibilidade para os pacientes. "Mais pessoas podem terem a vida salva, como eu tive", relata. Na região, o Hemopel realiza o cadastro de doadores de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h e está localizado na Avenida Bento Gonçalves, 4.569.

*O que é o transplante de medula óssea?
O procedimento de transplante de medula óssea consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o intuito de reconstituição de uma nova saudável.

Como ser um doador?

O voluntário deve procurar o Hemocentro habilitado para coleta mais próximo, munido de RG e cumprir os seguintes requisitos:
- Ter entre 18 e 55 anos;
- Estar em bom estado geral de saúde
- Não ter doença infecciosa ou incapacitante
- Não apresentar doença neoplásica(câncer), hematológica (do sangue), ou do sistema imunológico
- Algumas complicações não são impeditivas e devem ser analisadas caso a caso;

Na ocasião, será retirada uma amostra de 5 mL. Em caso de compatibilidade, o doador é contatado, para confirmar a decisão.

*Fonte: Registro Nacional de doadores Voluntários de Medula Óssea

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