Requalificação
Uma nova Baronesa
A execução do projeto deverá levar 18 meses, prorrogáveis por mais 12
Jô Folha -
Em breve, o Museu da Baronesa será integralmente requalificado para receber seus visitantes. Isso ocorrerá devido à verba de cerca de R$ 1,9 milhão que o município recebeu do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O contrato já foi assinado e, agora, o próximo passo é iniciar o processo de licitação. A execução do projeto deverá levar 18 meses, prorrogáveis por mais 12.
Recuperação de infiltrações, paredes rachadas e pisos desnivelados serão algumas das obras realizadas. Além disso, também está previsto a realização de ações de conscientização com a comunidade sobre a importância da conservação e preservação dos patrimônios da cidade. De acordo com o secretário de Cultura, Giorgio Ronna, pela primeira vez uma intervenção assegurará a estabilidade do museu por muitas décadas. "O restauro será a garantia de estrutura e de acervo do museu", afirma. O valor total da requalificação será de R$ 1.892.929,36, sendo que a Prefeitura dará contrapartida de 1%, o que equivale a R$ 18.929,29. Sobre o início das obras, o secretário diz ainda não ter uma data certa, pois ainda é necessário que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprove o projeto, e então inicie o processo de licitação.
Ronna relembra que o patrimônio possui uma das maiores coleções de têxteis do país e que no último ano recebeu uma série de requalificações a partir de um prêmio recebido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Parcerias com a Associação de Amigos do Museu da Baronesa (Ambar) e com a Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) também trazem benefícios para o local. "No momento a SQA inicia a colocação de caminhos pavimentados, melhorando a acessibilidade do museu", disse. Outro ponto destacado pelo responsável da pasta é que a requalificação permitirá a pesquisa e a produção de conhecimento por gerações futuras de acadêmicos, assim como o proveito pelos pelotenses e turistas.
E quem aproveitava a sombra do parque da Baronesa na tarde de ontem era Luciane Bastos e Gislaine Costa. Elas estavam acompanhadas das filhas e garantiram que o local é sempre uma opção para relaxar e colocar o papo em dia. Porém, nenhuma sabia da requalificação do museu, mas ficaram animadas com a boa notícia. "Tudo que é para melhor é bem-vindo", garantiram.
O acervo
Segundo a diretora do museu, Fabiane Moraes, o plano é colocar todo acervo em um container com isolamento térmico, desse modo as peças estariam armazenadas da melhor maneira. "Tudo isso já está sendo orçado", contou. Outra ideia que ainda está sendo avaliada é a exposição do acervo no casarão seis. Isso poderá acontecer depois de uns meses com ele guardado. "Para que haja visitação e a população siga apreciando", completa a diretora.
Ela informa que nunca se conseguiu fazer tudo que será feito dessa vez e garante que o benefício da requalificação chegará para todos, tanto população como visitantes e trabalhadores. Na oportunidade, Fabiane recorda que o museu funciona de terça a sexta-feira das 13h30min às 17h30min e nos finais de semana das 14h às 17h30min. O valor para visitação é R$ 5,00, sendo que no último sábado do mês o acesso é livre.
O museu
Construída em 1863, a antiga Chácara da Baronesa foi a casa de Annibal e Amélia Hartley Antunes Maciel, primeira das três gerações que se abrigaram na residência. Anos depois, o parque e o solar foram restaurados e o museu foi inaugurado em 25 de abril de 1982 e em 1985 foi tombado como patrimônio histórico municipal. Há pouco tempo a ala dos quartos foi reformada e a parte elétrica, as infiltrações no telhado e as rachaduras nas paredes foram corrigidas.
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