Saúde

UPAs ainda aguardam data no calendário

Na avenida Ferreira Viana, a Unidade porte 1 passa pela fase de acabamentos

Fotos: Paulo Rossi

Quem acompanha - desde o final de 2010 - as tratativas para construção da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Pelotas, ainda terá de aguardar mais um pouco para ver uma delas, finalmente, inaugurar. A nova previsão aponta para o primeiro semestre de 2016. A última expectativa, anunciada pela Secretaria de Saúde, de vê-las de portas abertas até o final do ano passado, claro, já ficou para trás. Enquanto isso, a comunidade aguarda para ver se tornar realidade o projeto que promete desafogar de vez o Pronto-Socorro de Pelotas (PSP).

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Na UPA porte 1, na avenida Ferreira Viana, apesar do atraso, a fase é de acabamentos: instalação de luminárias e de louças nos banheiros e de término da pintura interna. A estimativa, entretanto, é de que os trabalhos - consideradas a área de estacionamento e a criação de calçadas - não sejam concluídos até a data final do contrato, em 30 de março. Uma pequena prorrogação, possivelmente, será necessária. Ao conversar com o Diário Popular, na manhã de terça-feira (15), a secretária Arita Bergmann preferiu não arriscar datas para inauguração: “Existem vários fatores. É algo que não depende só de vontade”.

Para entrar em funcionamento, a UPA Ferreira Viana ainda dependerá de outras duas medidas: mobiliar e equipar a construção e definir como funcionará a administração; se ficará ou não apenas na mão do governo.

Gestão compartilhada
A intenção da prefeitura é buscar parceiros para a gestão das UPAs. Em breve, um edital de chamamento público deve ser publicado para esclarecer todas as entidades filantrópicas interessadas em se candidatar. Em 2015, a prefeitura realizou consulta às universidades Federal e Católica de Pelotas, mas ambas declinaram da possibilidade. Neste ano, o Executivo reiterou a pergunta às duas instituições, mas até o momento nenhuma delas se manifestou oficialmente. A proposta é de que o contrato seja assinado por um ano. Uma comissão de avaliação, instituída para acompanhar a gestão, poderia contribuir na decisão de renovação ou não da parceria.

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Em 2010, a prefeitura chegou a negociar com a direção da Santa Casa de Misericórdia para que, além de compartilharem o gerenciamento dos serviços, a UPA (porte 3) fosse erguida em terreno onde funcionava o estacionamento do hospital. Sem acordo, o Executivo recomeçava, então, os debates para decidir a localização da unidade.

Ao invés de entrega, ritmo lento
No prolongamento da avenida Bento Gonçalves, ao invés de pacientes à espera de atendimento médico, existem pedreiros no aguardo de material para imprimirem ritmo às obras da UPA porte 3, que deveriam ter sido finalizadas até julho do ano passado. Com toda a parte de acabamentos por ser feita, além da caixa d´água que ainda precisa ser concretada, das pinturas e da instalação de encanamentos para as fossas - que hoje são apenas depósitos de água parada -, o trabalho está longe do fim.

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A secretária de Saúde admitiu que a construção está fora do cronograma, mas preferiu não falar sobre uma eventual rescisão de contrato. “Estamos avaliando a situação. A empresa passa por dificuldades e a obra não está no ritmo que gostaríamos.” No final da tarde, o engenheiro responsável, Paulo dos Santos, garantiu que a empresa Compassos Engenharia, de Camaquã, não tem qualquer interesse em abandonar as atividades, mas aguarda posição da prefeitura sobre o pedido de realinhamento de preços, feito em reunião no dia 12 de janeiro, para decidir o quanto poderá investir. “Estamos preocupados, angustiados. Temos medo de investir, sem saber a resposta para a solicitação de realinhamento. A mão de obra e os materiais subiram. Os valores estão defasados. Precisamos de equilíbrio financeiro”, sustentou. Na terça-feira (15), o engenheiro, inclusive, esteve novamente em Pelotas em busca de respostas. 

Confira as estruturas
- UPA 3 - A unidade localizada no prolongamento da Bento terá capacidade de atender de 300 a 450 pessoas, por dia, com seis médicos, entre pediatras e clínicos. Haverá oito consultórios, inclusive dentário, salas de classificação de risco, de observação adulto e infantil, de exames e de inalação. A UPA também contará com estrutura para coleta de sangue, para realização de raios X, além de sala para pacientes hipertensos, posto de enfermagem, atendimentos de urgência, dois quartos de isolamento (destinados a pacientes com suspeita de doenças infectocontagiosas) e necrotério. O projeto também prevê setor administrativo, com copa, refeitório, dormitórios, sala de reuniões e escritórios. A obra, com recursos dos governos federal, estadual e municipal, ultrapassa os R$ 3,7 milhões.

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- UPA 1 - Entre os espaços previstos na unidade situada na avenida Ferreira Viana, próximo ao Shopping Pelotas, destaque para os dois consultórios, ambiente de coleta, três salas de observação, posto de enfermagem, salas de espera, de atendimento social e de classificação de risco. O investimento, das três esferas de governo, passa de R$ 2,5 milhões. A equipe contará com quatro médicos clínicos gerais.

- UPA 1 - As obras da Unidade de Pronto Atendimento, a ser erguida em terreno próximo à avenida Fernando Osório, ainda não têm data para começar. A fase é de análise orçamentária - confirmou a secretária Arita Bergmann. O edital de licitação, para definir a empresa responsável pelos trabalhos da chamada UPA Zona Norte, ainda não está pronto. Em março de 2015, quando o Diário Popular também percorreu as obras, a estimativa era de que até junho seriam realizados os ajustes sugeridos pela prefeitura ao projeto arquitetônico, que abriria caminho à concorrência pública e permitiria o início das obras.

 

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