Pandemia

Variante Delta chega a Pelotas

Após confirmação em Rio Grande, três casos no município foram confirmados na quinta-feira

Divulgação -

Pelotas foi o segundo município da Região Sul a confirmar caso da variante Delta essa semana. Na última quinta-feira (28), três contaminados receberam a confirmação, após análise da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Trata-se de três homens com 23, 28 e 30 anos. Segundo a chefe da Vigilância Epidemiológica do município, Aline Machado, a infecção ocorreu em setembro, quando os positivados cumpriram isolamento domiciliar. Todos estão recuperados.

A informação foi confirmada pela delegada da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Caroline Hoffmann, durante a reunião com prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) e técnicos do Estado, quando a piora no cenário da pandemia foi pauta do encontro virtual. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a variante já predomina no Estado, sendo responsável por 90% dos casos analisados.

“Acreditamos que a variante Delta aqui na região, esses surtos que estão dando estão relacionados à variante, quarta-feira nós confirmamos os primeiros quatro casos da Delta, fomos a região mais tardia a confirmar a chegada da variante, ontem [quinta-feira] confirmamos mais três casos em Pelotas, então a gente acredita que seja reflexo dessa nova variante”, defendeu Caroline.

Números são analisados por gestores

Na reunião da Azonasul com a 3ª CRS e técnicos do Estado, o número de casos confirmados, internações e óbitos na Zona Sul foram analisados. Aos prefeitos e secretários de Saúde presentes, o diretor do Departamento de Estatística e Economia do Estado, Pedro Zuanazzi apresentou um comparativo dos dados, evidenciando a piora no cenário regional. Em 12 de outubro, a região tinha 92,8 casos confirmados na semana por cem mil habitantes e hoje está com 184,9 casos confirmados na semana por cem mil habitantes. Ele fez uma comparação com a região de Porto Alegre, que hoje apresenta 49 casos confirmados por 100 mil habitantes.

"Esse crescimento faz Pelotas ser a segunda região com mais casos confirmados por cem mil habitantes, encostado com Capão da Canoa. O litoral Norte teve alguns Avisos seguidos, mas depois eles estabilizaram, caíram um pouquinho. E Pelotas está muito próxima, tendo até um empate técnico", demonstrou Zuanazzi.

O diretor também mostrou que há aumento nas internações na R21, a qual compreende os 22 municípios do Sul do Estado. Em 24 de setembro, eram 36 pessoas no total, entre confirmados e suspeitos, em leitos clínicos. Hoje são 76. Já nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a ocupação segue crescendo: em 28 de setembro eram 21 internados, entre confirmados e suspeitos, e agora já são 41. "Bem dizer dobrou neste período, então essa estabilização nos leitos clínicos talvez se transforme em uma estabilização na UTI logo adiante", comentou.

Responsável por acompanhar os dados da região, o assessor técnico Felipe Belle destacou que a orientação do Estado é de que a região siga com as campanhas de vacinação para ter o avanço da imunização e que promova a maior conscientização da população para o isolamento em casos suspeitos e com teste positivo. "Eu noto que as pessoas, por estarem vacinadas, não têm mais esse cuidado e com isso a gente tem que permanecer".

Surtos em hospitais

A secretária de Saúde de Pelotas, Roberta Paganini, relatou preocupação quanto aos surtos em instituições de saúde no município, que, de acordo com ela, estariam ocorrendo de forma recorrente. "Aqui em Pelotas nós estamos tendo muito surtos nos hospitais, acho que isso impacta no número de internações. Nós fizemos, inclusive, uma reunião na quarta-feira com todos os gestores de hospitais justamente para reforçar algumas medidas nas instituições", informou aos demais participantes da reunião.

"A única preocupação que eu tenho em relação à vacina, que eu acho que é prioridade, é que nós não recebemos imunizantes para terceira dose de profissionais de saúde suficientes nem para terminar as equipes de hospitais. Para ter um critério, a gente está usando o mesmo que usamos lá no início, que é primeiro as áreas Covid, mesma ordem. Mas acho que Pelotas e Rio Grande são polos universitários, então nosso volume de profissionais da saúde é muito considerável", finalizou Roberta.

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