Cuidados
Veja os cuidados necessários na hora de medicar seu pet
Técnicas e crenças do senso comum ajudam na hora de tratar animais domésticos
Flávio Neves -
O simples ato de ingerir um comprimido pode se tornar um grande problema quando, quem precisa da medicação, é o cão ou o gato de estimação. Nesta hora, muitos pets ficam arredios e voltam-se contra seus donos, resistindo agressivamente a receber o tratamento médico necessário. Dissolver o remédio, esconder na comida ou desmanchá-lo são alguns dos recursos que entram em cena nessa hora, mas é preciso ter cuidado, já que muitas dessas práticas não são recomendadas ou confirmadas pela comunidade veterinária.
Entre os principais riscos, explica a veterinária Clayze Vetromilla, estão a própria saúde do pet e a eficácia do medicamento, que pode ser prejudicada. “Nem todos os remédios podem ser desmanchados ou ministrados com comida, e algumas técnicas podem causar engasgo ou levarem o animal a aspirar a medicação, gerando problemas respiratórios.” Para evitar qualquer preocupação extra e garantir a recuperação plena do cão ou gato a melhor mais segura opção acaba sendo recorrer ao veterinário, ainda que seja necessário fazê-lo mais de uma vez ao dia, segundo Clayze.
O transtorno pode ser evitado com algumas medidas simples, alerta a profissional veterinária. Primeiro é preciso estabelecer uma relação de autoridade com o animal, deixando claro quem está no controle da situação e não dando espaço para ser desafiado pelo pet. Paralelamente a isto, utilizar um grão de ração para simular um medicamento. Recompensar os cães e gatos após receberem bem a oferta é importante para acostumá-los com o momento e não tornar o processo de medicação, quando de fato for necessário, tão complicado. “Eles precisam ser treinados para receber atendimento veterinário, porque vai acontecer de um dia ser preciso. Se ele não souber se comportar, vai ser ruim para todos os envolvidos.”
O advogado Inácio Machado entende bem o que Clayze argumenta. Com a sua gata Shakira, a hora da medicação nunca foi exatamente um problema. Além de ter precisado poucas vezes recorrer ao veterinário ao longo dos seus cinco anos, quando necessitou apresentou-se tranquila e não dificultou o momento de medicação. Parte, diz Machado, devido ao temperamento da gata e parte porque diz não hesitar na ação. O advogado diz que poucas vezes recorre a alimentos, optando por colocar o remédio diretamente na boca de Shakira atrás da língua, local onde é difícil devolver o comprimido. Para quem não tem as mesmas facilidades da relação de Machado e Shakira, a veterinária Clayze dá algumas dicas de como proceder:
Cães
Alguns comprimidos podem ser ministrados com alimentos. É possível, por exemplo, escondê-los em uma salsicha. É preciso, para esta opção, atentar a duas questões. Primeiramente consultar a bula e o médico veterinário sobre a possibilidade de dar o medicamento com comida, para ter certeza que este não terá seu efeito afetado. Segundo, se for um tratamento longo, alimentos industrializados não são indicados, pois o animal precisará ingerir este durante muitos dias e outros problemas poderão ser desencadeados.
Há, no mercado, ração em pasta. Esta também é uma boa alternativa para esconder algum medicamento. É necessário, apenas, conferir no alimento se o comprimido de fato foi ingerido. Neste caso, a dica é separar um pouco de ração para colocar o remédio e deixar um pouco sem. Aí é só dar, primeiramente, a parte com a medicação, já mostrando a outra e a dando logo em seguida. A ideia é que, assim, o cão irá comer rápido o que for dado primeiro para comer a outra parte em seguida.
Gatos
Uma das formas mais seguras de medicar um gato é utilizando uma pinça não pontiaguda. Com uma mão se segura esta com o medicamento e, com a outra, a cacunda do gato. Então é só levantá-lo e colocar o comprimido na boca, preferencialmente atrás da língua.
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