Em mundo no qual o acesso à informação está é cada vez mais fácil e prático - podemos encontrar qualquer coisa com apenas um ou dois cliques. Com isso, muitas vezes acabamos tendo a impressão que a população, em geral, já não precisa mais ser alertada de algumas coisas como. Um exemplo disso é a importância da educação sexual para prevenir doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência.

De acordo com números do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, cerca de 380 mil partos em 2020 foram de mães com até 19 anos de idade, o que corresponde a 14% de todos os nascimentos no Brasil. Entre os fatores que contribuem para o aumento do número de gestantes adolescentes estão a falta de informação e a falta de diálogo aberto com os pais. Segundo a médica hebiatra do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel/ Ebserh), Milene Maria Saalfeld, a gravidez nesta faixa etária pode atingir todas as classes sociais, mas está associada diretamente a baixa renda, baixa escolaridade, iniciação sexual precoce e pouca perspectiva de futuro.

Ela também relata que as meninas apresentam dificuldade em utilizar mais de método contraceptivo, que também não assimilam a função de cada um deles. Como ela também deixa bem claro, os meninos também precisam entender a sua responsabilidade nesta questão.

A frase "a educação previne o comportamento sexual de risco" exemplifica com clareza o que precisa ser feito. Tanto a gravidez quanto a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis são problemas de saúde pública e, por tanto, toda a sociedade é responsável por isso. Ainda que muitos pais possam achar constrangedor conversar com os filhos sobre sexo, os estudos mostram que essa atitude é, sim, fundamental para o desenvolvimento deles. Então, mãe e pai, conversem com seus filhos. Ter, desde muito cedo, a consciência do quanto é importante se prevenir, vai, com certeza, reduzir o risco e a possibilidade de uma gravidez não planejada.