Dezenas de professores do Município de Pelotas paralisaram as atividades e se manifestaram na manhã desta quinta-feira (7) em frente à Prefeitura. A categoria pedia pelo pagamento do piso nacional do magistério, incluindo o aumento de 3,62% determinado pelo Ministério da Educação (MEC) este ano e outro reajuste de 14,95% retroativo ao ano passado. Apesar de tentarem falar com a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), os manifestantes não foram recebidos.

O professor e vice-presidente do Sindicato dos Municipários (Simp) Vilson Júnior, explica que a Prefeitura não está pagando o piso amparada por uma liminar da justiça que suspendeu os efeitos das portarias federais que determinaram os valores, desobrigando o Município de repassar esses aumentos à categoria. "Até hoje, todos os aumentos que foram dados pelo MEC no piso do magistério foram através de portaria. Então a grande demanda é que a prefeita cumpra a portaria do MEC repassando esse índice de aumento referente a janeiro de 2023 e 2024", disse.

Procurada, a Prefeitura respondeu, via assessoria de imprensa, que encaminhou ao Simp um ofício sobre o piso do magistério "em que Poder Judiciário reconheceu o pedido da Prefeitura no sentido de suspender os efeitos da Portaria em razão da efetiva ausência de diploma legal que possa amparar, validamente, o documento". No texto, o Executivo diz ainda que irá analisar a possibilidade de aumento aos professores durante o dissídio deste ano.

A data-base dos municipários de Pelotas é em maio. O Simp já convocou uma assembleia geral da categoria para a tarde da próxima quarta-feira, no auditório do Colégio Pelotense.