A prefeita de São José do Norte, Fabiany Roig (UB), está sendo denunciada por promoção da própria imagem em obras públicas. A acusação, movida pelo servidor público Claudiomiro Ferreira, diz que a prefeita instalou de placas com o slogan da administração para com o intuito de se promover e pede a cassação da gestora. O documento foi enviado à Câmara de Vereadores e ao Ministério Público.

O denunciante alega que a prefeita inaugurou e reinaugurou obras no Município instalando placas com seu próprio nome, além de ter usado os mesmos elementos de promoção em eventos. Segundo a denúncia, os casos de promoção teriam começado em 2019, em obras e eventos como a Biblioteca Pública Municipal e a inauguração de uma pista de skate.

O presidente da Câmara de Vereadores de São José do Norte, Lincoln Pontes (UB), diz que o documento recebido pelo Legislativo está sendo avaliado pelo Jurídico da Casa. "No entanto, não consegui encontrar uma fundamentação jurídica consistente. Mesmo assim irei seguir o regime interno da Câmara e o que rege a lei", disse. As denúncias serão agora analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Procurada, a prefeita diz estar tranquila com as denúncias, que classifica como infundadas. Fabiany aponta que o mesmo servidor já moveu ao menos outras nove ações contra o Município de São José do Norte, "algumas já declaradas improcedentes", segundo ela. O nome dele também aparece em denúncias contra outras prefeituras, como a de Pedro Osório.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a prefeita reitera que as denúncias são infundadas. "Não há vedação de se colocar logo do governo (em obras). E outra, o logo é do governo, não é meu. Onde é que tem promoção de usar o logo do governo em ações do Executivo municipal?", questiona Fabiany.

Na oposição, o vereador Luiz Gautério (PT) diz estar estudando o caso e considera que "sempre houve um uso muito forte da promoção pessoal nas veiculações institucionais da prefeitura sob a gestão dela". Ele avalia, no entanto, que as denúncias devem ser arquivadas, já que o governo possui maioria na Câmara.