Crime

Com a obra parada, prédio do Hospice é alvo de furtos de fios

Estimativa é de que em uma semana, o prejuízo chegue a R$ 400 mil; UFPel redobrou a segurança

Foto: Volmer Perez - DP - Ação dos criminosos danificou as calhas dos três andares

Depois de figurar pelas páginas de geral, o tão sonhado Hospice que possibilitará a ampliação do Centro Regional de Cuidados Paliativos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), virou caso de investigação da Polícia Federal (PF). Um inquérito foi aberto para apurar os diversos furtos que ocorreram no mês de março no prédio que teve a obra iniciada em 2014. A instituição de ensino ainda não tem uma estimativa dos prejuízos, mas quem acompanha o andamento do trabalho, acredita ficar em torno de R$ 400 mil. O aumento da segurança no local e o comunicado à PF foram as principais medidas adotadas pela Reitoria.

Percorrendo os três andares do prédio, percebe-se que as calhas que estavam prontas e funcionando, algumas foram torcidas para facilitar a retirada dos fios. Em alguns locais, buracos no forro de gesso dão sinal que foi por ali a entrada dos criminosos. O que não conseguiram levar, ficou atirado pelo chão, como luminárias que já estavam instaladas, ou danificadas como os armários dos disjuntores. A diretora da Faculdade de Medicina da UFPel (Famed), Julieta Fripp, disse que na primeira invasão fez o comunicado à Reitoria, sendo que na ocasião havia só um porteiro no prédio da Laneira, bem distante da estrutura em obras.

Aos fundos, a área de mata fechada é um facilitador, tanto que foram colocados vários tapumes, sendo que alguns deles acabaram danificados com o temporal da madrugada do dia 21. "Tão logo soubemos do estrago, mandados recuperar", disse o pró-reitor Administrativo, Ricardo Hartlebem Peter. Além disso, foi alocado mais um vigia para o dia e um à noite (com um novo local do posto), e o aumento também das rondas. A iluminação do espaço foi ampliada e há possibilidade de se colocar barreiras com sensores. A Reitoria diz que há uma preocupação constante com a obra. "Assim que soubemos dos furtos, comunicamos a Polícia Federal", destacou a reitora Isabela Andrade.

Mais atenção

Para a diretora Julieta, as medidas solicitadas após os delitos foram: fechamento total da área de acesso à mata com cercamento, instalação de alarmes e, principalmente, a conclusão da obra, o que evitaria os furtos. "Durante esses dez anos, o prédio ficou muito vulnerável em função desse mato que pertence à Universidade. Pensamos em fazer um projeto ecológico, mas a área é muito grande", comentou. Ela lembra que em 2018 começaram a furtar as janelas e o grupo da Cuidativa ofereceu a colocação de grades. Na ocasião, a permanência de vigias foi reforçada, mas após a pandemia, restou somente um, que atuava mais como porteiro da Laneira. Na tarde de quarta-feira, os coordenadores do Centro reuniram-se com os frequentadores do Cuidativa para explicar a situação. A médica explica que o Centro Regional é muito importante, pois terá a capacidade de acolher entre 18 e 20 pacientes para internação, reforçando a rede de atendimento de cuidados paliativos, que surgiu em Pelotas em 2005, através do programa de internação domiciliar.

Ao longo dos dez anos, com conquistas de recursos através de emendas parlamentares, a obra esbarrou na desistência das empresas licitadas. De acordo com a reitora Isabela, para conseguir concluir o trabalho, os projetos estão sendo licitados e contratados em partes, sendo que a atual é a instalação elétrica, que inclusive com uma subestação de abastecimento de energia no local.

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