Golpista

Estelionatária que aplicou golpes do INSS é presa em Pelotas

A mulher, de 39 anos, já está na penitenciária estadual de Rio Grande (Perg)

Divulgação PC - A mulher, presa preventivamente, também teve o bloqueio de suas contas correntes

Já está presa na Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg), a estelionatária, de 39 anos, acusada de realizar golpes do INSS, em diversas cidades do Estado, lesando muitas vítimas. Ela foi presa em Pelotas por policiais da 2ª DP. O caso ganhou repercussão no dia 28 de março deste ano, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços ligados à suspeita. Além da prisão preventiva foi realizado o bloqueio de contas correntes em nome da investigada. A intenção é que haja o ressarcimento às vítimas. 

O Poder Judiciário, inicialmente, havia negado a prisão preventiva da investigada, deferindo somente as buscas. Com a repercussão do caso na mídia local e estadual, dezenas de pessoas lesadas passaram a realizar novos boletins de ocorrência em cidades como Pelotas, Turuçu, Canguçu, Arroio do Meio e Santa Cruz do Sul. Além disso, o setor de investigação da PC identificou que mesmo após o cumprimento das medidas judiciais, a mulher seguia enganando novas vítimas. “Por isso, representei novamente pela prisão, que foi deferida e cumprida", afirmou o delegado titular da 2ª DP, César Nogueira.

Nas redes sociais o caso também gerou inúmeros comentários com pessoas indignadas. "Me mentiu por três anos. Deus tarda, mas não falha", disse uma vítima. "Pedi meu dinheiro de volta e enrolou até hoje. Faz três anos. Vigarista, sem-vergonha", lamentou outra. "Uma hora a casa cai. Meu marido também acreditou que ela era advogada. Ficou quase dois anos enrolando ele", destacou outra internauta. 

Outra mulher demonstrou o alcance dos crimes praticados pela golpista: "Ela tinha uma pessoa em Venâncio Aires que recrutava gente. Muitas pessoas de Venâncio caíram neste golpe". A maior parte das vítimas foram enganadas enquanto buscavam o sonho da aposentadoria. "Aqui no meu bairro foram mais de 20 pessoas humildes, sem condições. Tiraram da onde não tinham (sic)", afirmou outra usuária na rede social.

Interrogada na delegacia, a investigada alegou que não as informava que os processos haviam sido indeferidos por medo, em razão de já ter recebido ameaças. “O que chamou a atenção dos policiais, é que mesmo sem finalizar as aposentadorias, ou seja, enganando as vítimas, a suspeita afirmou ter um faturamento mensal entre R$ 8.000,00 e R$ 10.000,00", disse o delegado. Nas buscas na residência da mulher foram localizados alguns depósitos em conta dos "clientes". 

A mulher respondeu que mentia para esses clientes que eles estavam aposentados e, para sustentar a mentira, realizava mensalmente o depósito dos valores da suposta aposentadoria. Ainda no interrogatório, afirmou também que tinha medo de ser presa por causa dos filhos, mas sabia que uma hora isso iria acontecer", destacou Nogueira.

No celular apreendido com a estelionatária foram encontradas quase 6,5 mil conversas com vítimas solicitando informações acerca da situação junto ao INSS. Em todas, a investigada dava respostas evasivas. De acordo com o delegado, a mulher criou um sistema previdenciário próprio, em que algumas poucas pessoas (31 identificadas até agora) - possivelmente as que a ameaçavam - recebiam valores mensais entre R$ 800,00 e R$ 1,5 mil. "Quem recebia, na verdade, estava tendo acesso ao dinheiro de outras vítimas", finalizou o delegado.


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