Acidentes

Mortes nas vias urbanas de Pelotas aumentam 36,8% em 2023

Os dados representam crescimento em relação a 2022, no período de janeiro a outubro

Divulgação - DP - Em Pelotas, 31 pessoas já perderam a vida no trânsito neste ano

Em julho deste ano, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) divulgou índices que indicavam que a violência no trânsito estava crescendo no Rio Grande do Sul. Os dados computados, que levam em consideração vias federais, estaduais e municipais, mostraram que, em média, uma pessoa morre a cada cinco horas no Estado. As 696 vítimas notificadas no período representam aumento de 2,8% em relação ao ano passado.

Em Pelotas, de janeiro a outubro de 2023, ocorreram 26 mortes em acidentes de trânsito. No ano passado, em igual período, ocorreram 19 mortes, o que representa um aumento de 36,8%. Em novembro e dezembro deste ano - fora do período avaliado - foram registradas outras cinco mortes no Município.

Ainda conforme os dados levantados pela instituição, os finais de semana costumam concentrar os piores índices de acidentalidade no Estado, principalmente à noite. O dia com maior número de registros de mortes passou de domingo, conforme as estatísticas dos primeiros cinco meses do ano passado, para o sábado, de acordo o relatório parcial mais recente. Os estudos mostram ainda que o perfil de quem mais morre em acidentes são os condutores de automóveis, com 26,90%, seguido de motociclistas, com 25,60% e em terceiro os passageiros, com 16,20%.

Os registros dos dois últimos finais de semana, em Pelotas, comprovam que as estatísticas estão corretas. No sábado, dia 25 de novembro, por volta das 6h20min, um carro bateu em um poste na avenida Fernando Osório, bairro Três Vendas, causando a morte de um jovem que dirigia o veículo. No dia seguinte, também nas primeiras horas da manhã, outro acidente, no bairro Navegantes, causou a morte de um jovem.

Dezembro também iniciou de forma trágica na cidade, com a morte de um jovem de 23 anos, que morreu após o carro que conduzia colidir em uma árvore, na avenida Domingos de Almeida, sentido bairro/Centro, no último sábado. Segundo a ocorrência policial, a Brigada Militar foi chamada por volta da 1h30min e quando chegou ao local encontrou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os paramédicos já haviam atestado o óbito de Davis Radtke Crispa.

Danos materiais

Também chama a atenção o número de acidentes com danos materiais, registrados em Pelotas. No ano de 2022, de 1º de janeiro a 31 de dezembro, foram registrados 2.282 boletins de ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) da cidade. Os meses com maior número foram março e outubro, ambos com 212 ocorrências. O segundo mês de maior registro foi dezembro, com 210. Neste ano, até o dia 26 de novembro, foram registrados 1.971 acidentes com danos, sendo que o mês de agosto registrou o maior número, 223, seguido do mês de março, com 203.

O secretário municipal de Transporte e Trânsito, Flávio Al Alam, entende que, de forma geral, o número de acidentes tem tido uma redução de 2023 para 2022, mesmo tendo um acréscimo no número de veículos. “Os meses de março e agosto são, normalmente, de retomadas de férias e apresentam aumento de circulação, por conseguinte um pequeno aumento de acidentes, mas com variações muito pequenas. E, mesmo em um ano de condições de intempéries bem extremas estamos dentro de um equilíbrio de acidentes”, frisou o secretário.

Outra questão levantada pelo secretário é o que diz respeito à distribuição de locais mostrando que de forma geral alguns apresentam mais acidentalidade, motivo pelo qual a Secretaria instalou semáforos em grande parte deles. Para Al Alam, o mais problemático, segundo as estatísticas da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) do Município, é o da avenida Fernando Osório, com Salgado Filho e 25 de julho, local onde já está implantado um semáforo.

Cenário

O cenário de acidentes, conforme a divulgação do Detran, pode estar relacionado a fatores como menor visibilidade, consumo de álcool ou cansaço ao volante, além do excesso de velocidade e imprudência. Em setembro de 2021, o Detran publicou matéria relatando que Pelotas se destacava pelos acidentes com motociclistas, especialmente jovens. Há ainda uma seção onde retrata que em Rio Grande o maior problema eram os acidentes com pedestres idosos. A base de dados usada foi o Sistema Consultas Integradas, da Secretaria de Segurança Pública.

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