localizada. O desaparecimento de uma mulher, com princípio de Alzheimer, na tarde de quarta-feira, publicado em redes sociais, com grande alcance, foi solucionado na manhã de ontem, quando ela foi encontrada na residência de um homem, no Laranjal, pela filha e pelo neto, que seguiram imagens de câmeras de monitoramento, chegando até a residência do homem que teria a levado.

Ele não teria deixado que ela saísse com a família e por isso, a filha chamou a polícia, que interveio na situação. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), de Pelotas. O homem, que em vídeo aparece ajudando ela a abrir um cadeado e sair pelo portão da casa da filha, onde mora, também foi ouvido pela polícia e liberado, conforme informações da titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Márcia Chiviacowsky.
Ela confirma que houve a denúncia, por parte de familiares, de que a mulher, quando encontrada, estaria sob cárcere privado e que havia sido abusada sexualmente. “Estamos apurando se houve relação sexual entre ela e o homem com quem saiu”, pontuou a policial. O homem, em depoimento, disse que ela não estava em cárcere privado e sim que a vítima teria ido a sua casa espontaneamente. A mulher foi encaminhada para exames. Ainda conforme a delegada, já foi instaurado um Inquérito Policial para apurar os fatos.

A filha disse que a mãe e o homem tiveram relações sexuais e a mulher estaria traumatizada. “Ela está assustada e chora muito em razão de tudo pelo que passou”, salientou. A mulher inclusive recebeu a dose de coquetel antiviral, por não haver nenhuma informação sobre a saúde do homem, nem as condições em que a conjunção se deu. Ao perguntar para a mãe se conhecia o homem, ela disse que sim, que era catador e algumas vezes deu garrafas pet para ele.

O caso

Na quarta-feira, a filha da idosa postou em rede social o desaparecimento da mãe. Também foi postado uma sequência de vídeos, onde aparece um homem em uma bicicleta, ajudando-a a abrir o cadeado do portão da casa da filha, onde ela também reside, na avenida Rio Grande do Sul. Depois, mais dois vídeos, onde aparece a senhora caminhando ao lado do homem.

Motorista de aplicativo

Em outro caso de desaparecimento que mobilizou Pelotas, o motorista de aplicativo, Jonatas da Silva Soares, continua desaparecido, desde a tarde de segunda-feira, quando foi visto pela última vez em um posto de combustíveis, onde abandonou o carro, com a chave na ignição. Ele falou pela última vez com a esposa, por volta das 14h36min de segunda. Depois disso, não atendeu mais o celular, que não recebe mensagens ou ligações.

O delegado Félix Rafanhim, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas, disse que até o momento os indicativos são de desaparecimento voluntário e, em si, isso não é crime. “Mesmo assim, estamos olhando imagens em câmeras de monitoramento para ver se o identificamos em algum lugar, como, por exemplo, na rodoviária”, disse o policial. Por fim, ressaltou que “Jonatas tinha dívidas e desapareceu voluntariamente, é isto que temos até o momento. Fora isso, difícil afirmar qualquer coisa”, finalizou.