Infraestrutura

Sindicalistas da área da segurança pública alertam para deterioração de equipamentos

A falta de reposição nas classes policiais e a falta de vagas também foram alvos de discussão

Foto: Divulgação - Representantes do Sistema Penal alertam para falta de equipamentos e infraestrutura adequada

Em reunião da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa/RS, realizada nesta quinta-feira (23), os integrantes ouviram as preocupações de sindicalistas da área da segurança pública. O presidente do Sindicato da Polícia Penal do RS (Sindppen/RS), Saulo Felipe Basso dos Santos, alertou para a situação de deterioração dos equipamentos utilizados pelos funcionários da área de segurança pública no RS. Ele destacou que existem diversos locais exigindo reformas, muitas com telhados caindo e falta de equipamentos para o desempenho adequado do trabalho dos profissionais.

Além da infraestrutura precária, Santos trouxe para os deputados a preocupação com a falta de reposição das vagas. "É urgente a ampliação de vagas nas classes policiais, pois a falta dessas vagas inviabiliza as progressões e impacta diretamente no trabalho cotidiano dos profissionais", alertou o sindicalista. O presidente do sindicato também chamou a atenção para outro problema interligado, que é a falta de nomeação dos concursados. "No último concurso foram 3.200 aprovados, mas não temos um cronograma de nomeações", destacou o sindicalista ao apontar a preocupação de que essas questões funcionais estão diretamente relacionadas à qualidade do serviço prestado para a população.

Os alertas do sindicalista foram acolhidos pelos deputados e deputada presentes à reunião da Comissão. Para o deputado Leonel Radde (PT), o Brasil vem acompanhando situações graves que indicam a organização do crime organizado no país e a desestruturação das estruturas de segurança do Estado, o que afeta diretamente a vida da população. "As descobertas de articulações do crime organizado surgem no mesmo contexto em que temos que lidar com os riscos de descontrole do sistema prisional". Ele disse ainda que o efetivo do estado precisa estar valorizado, com investimento no sistema prisional que não pode ser terceirizado, ao questionar a intenção do governador Eduardo Leite de privatizar os serviços de segurança pública.

"A terceirização do sistema prisional coloca toda a sociedade em risco, uma vez que o controle do sistema prisional tem que ser do Estado". Por isso, Radde defende a importância da regulamentação da carreira com reformulação de regras e hierarquias "o ideal é uma carreira única com progressão em carreira única", defendeu.No mesmo sentido, o deputado Jeferson Fernandes (PT) também defendeu a necessidade da reformulação da carreira policial.

"Fortalecer as polícias do Estado com novas regras nas hierarquias da Brigada Militar e Policia Civil precisa ser discutida, pois hoje vivenciamos várias questões gravíssimas de violências, assédio e depressão dentro da categoria", pontuou. "Fortalecer a carreira policial do Estado é fortalecer a segurança da população, o interesse público, pois essas questões funcionais ajudam a melhorar a prestação dos serviços", concluiu.Após o debate aconteceu uma audiência pública para ouvir as categorias sindicais da área da segurança pública para discutir as realocações massivas provocadas pelo governo Leite no início de seu quinto ano de mandato.

Conforme o sindicato, estas realocações estão sendo realizadas sem aviso ou preparo com a própria categoria e a remoção massiva vem trazendo prejuízos, com as entidades sindicais mobilizadas para tentar amenizar o impacto.

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