Imunização

Confirmação de caso de sarampo intensifica campanhas de vacinação

Do grupo prioritário, em Rio Grande somente 60% das crianças até dois anos estavam com a imunização em dia; Pelotas reforça ações de incentivo para tríplice viral

Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil - Em todo o Estado, somente metade dos gaúchos com até um ano de idade estão imunizados

Diante da confirmação pelo Centro de Vigilância em Saúde (Cevs) de um caso importado de sarampo em Rio Grande na quinta-feira, o Município e Pelotas estão reforçando as ações de estímulo para o alcance da cobertura vacinal da tríplice viral. Em Rio Grande, o índice de crianças que estão com a imunização em dia, de acordo com o calendário vacinal, é de apenas 60%, já em Pelotas, a taxa sobe para 82,2%. Em todo o Rio Grande do Sul, somente metade dos gaúchos com até um ano de idade estão imunizados. O paciente, de três anos de idade, confirmado com a doença, tinha vindo do Paquistão e não estava vacinado.

Mesmo tratando-se de um episódio de sarampo vindo de outro país, sem cadeia de transmissão associada, a Secretaria de Saúde do Município segue monitorando atendimentos por febre, exantema, tosse, coriza ou conjuntivite, sem nenhuma nova identificação de caso suspeito. No Estado, os últimos casos confirmados (37) haviam sido registrados em abril de 2020 e no Brasil, foram em 2022, com 41 infectados. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem alertado para o aumento de casos de sarampo no mundo e reforçado a importância da vacinação para prevenir a disseminação da doença.

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, especialmente grave em menores de cinco anos, por isso a importância de imunizar os bebês com as duas doses conforme preconiza o calendário nacional de vacinação, aos 12 e aos 15 meses de idade. A Secretária Municipal de Rio Grande, Zelionara Branco, aponta que apenas 60% das crianças estavam vacinadas na cidade no tempo oportuno, de acordo com a última atualização de dados de 2023 do Ministério da Saúde. "Mas não significa que as crianças com mais de dois anos não tenham tomado a vacina, ela pode ter feito depois, mas ela não entra para o indicador do Ministério", destaca. Na faixa etária de um a dois anos, as crianças são o grupo prioritário para a imunização.

Devido ao caso confirmado no Município, a Secretaria de Saúde lançará uma campanha mobilizando os rio-grandinos a conferir seus cartões de vacinação e em caso de imunização incompleta a procurarem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para obter a orientação dos profissionais sobre o procedimento a ser adotado, já que nem todas as idades podem receber a vacina. "Não é feita vacinação indiscriminada, ou seja, não se vacina toda a população por causa de um caso", diz.

Em Pelotas, de acordo com a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Aline Machado, foi reforçado às equipes a necessidade de intensificar o trabalho de atenção na orientação e combate as notícias falsas sobre as vacinas como forma de reforçar o estímulo para a população manter sua cobertura vacinal em dia.

Além da realização de ações em rede para estimular o alcance da cobertura vacinal da tríplice viral, como a articulação com a Secretaria de Educação para que as escolas públicas do município continuem a solicitar o comprovante de vacinação para matrícula e rematrícula dos alunos. "Recebemos a informação de um aporte maior de Tríplice Viral (TV) por parte do Ministério da Saúde e iremos manter nosso trabalho de reforçar a importância da vacinação junto da população", diz Aline.

Conforme a SMS, o esquema vacinal completo da TV consiste em duas doses até 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Nas crianças, a vacinação deve ocorrer aos 12 e 15 meses de idade. Profissionais de saúde devem realizar duas doses independentemente da idade.

As mobilizações ocorrem no momento em que vários países emitiram alertas recentemente com confirmação de casos de sarampo. Foi registrado um óbito em uma criança de 19 meses na província de Salta, Argentina, sem histórico de deslocamento, confirmação de caso na Costa Rica. No México, os casos de sarampo e rubéola estão em alta nas primeiras semanas de 2024.

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