Justiça

Envenenamento de cães revolta comunidade em Piratini

Pelo menos seis cães já vieram a óbito este ano; maioria dos casos ocorreu no bairro Vila Nova

Foto: Divulgação - DP - Fred morreu após ingerir um pedaço de carne com veneno

A morte de um pet, por si só, já é um momento delicado. Em Piratini, a dor da perda de muitas famílias se soma, também, à busca por justiça. No bairro Vila Nova, por exemplo, pelo menos seis cães já foram vítimas de envenenamento este ano, situação que causa indignação e tristeza aos tutores e à comunidade como um todo.

Ainda em janeiro, essa dor foi vivida pela família da gerente administrativa Daiane Marques, 42, com a perda de Fred, labrador de cerca de dez anos que morreu após ingerir um pedaço de carne com veneno. "É muito triste, a gente cria os nossos animais com todo o amor e, em cinco minutos que ele saiu do pátio para fazer as necessidades, ele voltou envenenado. É revoltante", lamenta a tutora, que mora no bairro Vila Nova, onde ocorreram a maior parte dos casos.

Agora, Daiane afirma que a família, e também a comunidade piratienense, continuam atrás de respostas para a morte repentina de Fred e de outros pets da cidade. "É muita crueldade, estão envenenando também em outros bairros. Registrei ocorrência e estou indo atrás. A gente vai achar [o responsável]. Temos um grupo de moradores e pessoas da cidade, alguém vai ter que tomar uma providência. Estamos apelando para a comunidade nos ajudar com tudo, até imagens de câmeras de segurança.", diz ela.

Problema frequente

Neste ano, a maioria dos casos ocorreu no bairro Vila Nova, mas já há ocorrência também no bairro Sinuelo, conforme observa a responsável pela ONG São Francisco de Assis, Elenara Adamoli. "Foram em torno de seis cães no bairro Vila Nova, o que leva a crer que é a mesma pessoa. Todos esses cães tinham dono. Nessa semana também tivemos no bairro Sinuelo, que é no outro extremo, o que indica que pode ser outra pessoa", explica.

Elenara relembra que, alguns anos atrás, já houve uma onda de envenenamentos na cidade. "Geralmente esses episódios acontecem por bairros, eles colocam veneno que é vendido para conter pragas agrícolas em algo para os cães comerem. É uma coisa meio cultural. É horrível, muito triste", lamenta.

Nas redes sociais do projeto, que trabalha em convênio com a Prefeitura na manutenção do canil e nas castrações no Município, o grupo alerta os tutores quando há casos de envenenamento. O trabalho também é feito de forma voluntária e pode ser conferido em facebook.com/sfapiratini ou @amigodobicho_ong no Instagram.

Poder público

A secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Piratini também se manifestou. O titular da pasta, Leonardo Estima, explica que a secretaria não recebeu denúncias oficiais, já que as pessoas procuram diretamente a polícia. No entanto, ele ressalta que a Prefeitura, em parceria com a ONG São Francisco de Assis, trabalha com conscientização, fiscalização e controle populacional dos animais e está à disposição da comunidade. "Repudiamos veementemente esses atos. Nos preocupamos muito com esse tipo de situação e estamos trabalhando em conjunto com a ONG. Estamos aptos e de prontidão para atender qualquer tipo de chamado nesse sentido", finaliza.

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