Um grupo de moradores de Canguçu realizou um protesto em frente à Prefeitura do Município. O ato, que iniciou na manhã desta segunda-feira (11) e se estendeu durante todo o dia, pediu um olhar mais atento do poder público aos problemas enfrentados pela população, principalmente na zona rural. Dentre as reivindicações dos moradores, estão a manutenção e melhoria das estradas e pontes, direito de ir e vir, atendimento médico e odontológico nos postos de saúde do interior e melhorias no abastecimento de água.

Durante o protesto, os manifestantes relataram o descaso das autoridades com os moradores do Município, principalmente nos distritos do interior, além de afirmarem que a zona rural está abandonada já há alguns anos. "Nós tivemos quatro anos de seca e não foram arrumadas as estradas, agora tem a desculpa da chuva, que teve muita chuva e não teve como fazer estrada", disse a moradora Erica Alberdanha. "Falta uma organização, a gente sabe que Canguçu tem muita estrada, só que tem prioridades, tem lugares que são piores que outros. Então, por que não fazem?", questionou.

O que diz a Prefeitura

O prefeito Vinicius Pegoraro (MDB) explicou que foi conversar com os manifestantes durante o protesto e se colocou à disposição para recebê-los no gabinete. "Solicitei que eles fizessem um levantamento de todas demandas que eles tem como prioritárias e me entregassem num documento para que a gente possa organizar o trabalho e atender conforme a nossa força de trabalho", disse.

Conforme ressaltou Pegoraro, a Prefeitura tem enfrentado uma série de dificuldades desde as chuvas de setembro do ano passado. "Não foram só as enxurradas, depois continuou ocorrendo o excesso de chuvas e a gente está trabalhando para recuperar essa situação". Ele apontou que, em razão dos temporais, o Município apresentou problemas em 73 pontes de madeira. A partir daí, o poder público pediu apoio à Defesa Civil Nacional, mas só recebeu recursos para reconstruir seis delas. "A gente está trabalhando, a gente conseguiu reformar já um grande número dessas pontes mas tem demandas ainda para serem solucionadas", finalizou.