Por Douglas Dutra
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Um horizonte aparece para dois problemas que se arrastam há anos em Piratini: as localizações da estação rodoviária e do camelódromo da cidade. A Prefeitura do município anunciou nesta terça (10) que vai abrir o processo licitatório para a construção de um prédio para abrigar os empreendimentos.

Há décadas o camelódromo ocupa a rua João de Deus Valente, no Centro Histórico da cidade, e ao menos desde 2017 o Ministério Público apontava a irregularidade de o centro de vendas estar instalado em via pública, além de trailers fixos e pontos de táxi em locais impróprios na cidade. Já a rodoviária ocupa desde 2020 a esquina das ruas Heitor Sória e Manoel Serafim da Silveira, gerando reclamação de moradores pela movimentação nas vias estreitas.

O novo imóvel, que será na rua 24 de Maio, entre as ruas 7 de Setembro e 15 de Novembro, terá 518 metros quadrados e está orçado em R$ 700 mil. Além de estrutura para a rodoviária, o centro comercial terá espaço para em torno de 30 pontos comerciais, incluindo de alimentação e serviços como barbearias e sala de espera.

Segundo o secretário de Desenvolvimento, Planejamento e Projetos de Piratini, Daniel Farias, a construção será feita com recursos próprios do Fundo Municipal do Meio Ambiente, formado de valores de multas aplicadas pela Prefeitura. O terreno foi cedido como pagamento de uma multa. De acordo com o secretário, a licitação está prevista para acontecer na primeira semana de fevereiro, e a expectativa é de que o prédio esteja construído em sete meses.

Sobre a gestão do espaço, Farias explica que será necessária a criação de uma forma de condomínio para custear água, luz e zeladoria. "Quem se beneficiar dessa realocação também participará do custeamento disso", projeta.

Empresários aprovam a mudança
Argos Kurz, da empresa que administra a rodoviária atualmente, comemora a perspectiva de melhora com o novo local. "Ficaria melhor para nós e para os passageiros também. O local atual, apesar de ser bem amplo e organizado, tem o acesso meio complicado para os ônibus por causa da largura das ruas. Vai facilitar tanto pra chegada e partida de ônibus quanto pros passageiros", comenta.

O comerciante Afonso Coelho, que tem uma banca no camelódromo desde 2006, considera a mudança positiva. "Vamos ter um local adequado, com mais segurança e conforto para atender nossos clientes", explica. "A aceitação entre os donos de bancas foi unânime, todos aprovaram o novo centro comercial."​