
Abranet contra proposta
Carlos Eduardo Behrensdorf
Jornalista | [email protected]
A Associação Brasileira de Internet (Abranet) é contra a proposta dos grandes bancos de limitar compras parceladas no cartão de crédito, para substituí-lo pelo parcelado com juros. "É prejudicar lojistas, consumidores e a economia. O parcelado sem juros é uma conquista do consumidor, uma ferramenta que apoia o consumo e hoje é essencial para o desenvolvimento do comércio, da competição e da economia", afirma a presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Carol Conway. Os grandes bancos já tentaram, no passado, acabar com as compras parceladas, também conhecidas como parcelado sem juros (PSJ).
Ressurge
Com a reação de comerciantes (principalmente os menores) e de consumidores, o assunto foi abandonado _ mas ressurge de tempos em tempos. A estratégia agora é mais inteligente.
Encarecer
A ideia é encarecer e limitar o PSJ, cobrando mais taxas quanto mais parcelado for o pagamento e diminuindo a quantidade de parcelas disponíveis para o consumidor.
Abranet
Afirma que limitar o número de parcelas ou criar taxas para desestimular o parcelamento afeta diretamente a população, comércio e serviços da base da pirâmide, de menor renda.
Trilhão
Dados divulgados do Banco Central indicam que, em 2022, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) foi movimentado por essa forma de pagamento, totalizando R$ 1 trilhão.
Bilhões
O varejo perderia cerca de R$ 190 bilhões em vendas sem o crédito parcelado (LCA Consultores) e 75% da população usou crédito parcelado sem juros em 2022. (Datafolha)
Mandados
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou ontem a Operação Manager, cumprindo 11 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal (DF) e em Minas Gerais (MG).
Sonegação
Investiga-se um esquema de sonegação fiscal, por meio de emissão de milhares de notas, dirigido por um grande atacadista de alimentos e bebidas com sede no DF.
Criminosa
Suspeitos são investigados por associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, lavagem de bens, direitos, valores e sonegação fiscal.
Parcelada
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou, na segunda-feira, mudanças nas compras parceladas "sem juros" no cartão de crédito, "ao menos por ora". Falou. Tá falado!
Alternativa
Um grupo de trabalho estuda alternativas para solucionar a inadimplência e as altas taxas cobradas no crédito rotativo, que em junho alcançaram 437,3% ao ano. A discussão continua.
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