Apresentação
Com cortejo musical comunidade é chamada ao Festival do Sesc
Acompanhada por dezenas de pessoas, ação uniu a força dos tambores e percussão local a instrumentos de orquestra
Fotos: Carlos Queiroz - DP - Mercado Central foi cenário do início e do final da ação
Entre sorrisos e passos de dança, o público acompanhou de perto o encontro entre os tambores e os violinos, mistura que dá dimensão do que se propõe o Festival Internacional de Sesc Música em Pelotas, aberto na tarde desta segunda-feira (15) com o cortejo musical. A tradicional ação que convida a comunidade para prestigiar os recitais e apresentações realizadas durante os 12 dias do evento começou às 18h20min, no Largo Edmar Fetter, junto ao Mercado Central, percorreu o calçadão da Andrade Neves e retornou ao ponto de partida pelas ruas Sete de Setembro e 15 de Novembro, sempre na companhia animada dos apreciadores do Festival.
Este ano o cortejo teve um diferencial, além da participação dos músicos, professores e alunos, a ação contou com a força dos tambores e da percussão local com a integração do grupo Tamborada de Kako Xavier, da banda Democrata e da Garra Xavante ao desfile. "É uma relação do Festival também com os fazeres da música da cidade para convidar a comunidade a aderir a chegada do nosso Festival", explicou o coordenador geral do Festival, Anderson Mueller.
Nem o final de tarde quente, com temperatura média de 29º, típico do verão, diminuiu o entusiasmo dos músicos e nem do público que esperava aguardado cortejo. A costureira Mara Regina de Souza Labres, 55, foi uma das pessoas que foram ao Mercado Central especialmente para acompanhar o cortejo. "Todo ano eu venho e participo de tudo. Gosto desse momento é cultura para o povo. Já peguei os convites para todos os dias dessa semana", fala Mara.
Com o celular nas mãos, Luana Almeida queria registrar os diferentes momentos do cortejo, afinal o filho dela, Luan Antônio Almeida Cardoso, 13, era um dos violinistas da ação musical. Essa não é a primeira vez do jovem violinista da Orquestra Estudantil Municipal, no Festival, desde os nove anos ele participa. "Eu fico orgulhosa e a gente faz de tudo para acompanhar. Méritos da professora Lyz Márcia, também, nossa grande maestrina." Luana se refere a professora Lyz Márcia Ferreira, quem criou a Orquestra Jovem do Ginásio do Areal, dando estímulo à criação da Orquestra do município.
Se quem assiste é só elogios ao cortejo e ao Festival, quem integra o evento também tem palavras de admiração à iniciatia do Sesc. Pela segunda vez em Pelotas para aproveitar os cursos oferecidos, o percussionista chileno Lucas Tapia, 27, conta que já tinha participado do cortejo e acha este um momento muito bom. "Eu gosto muito", diz.
Sobre a importância de estar no Festival, Tapia argumenta que vem pela oportunidade de fazer música com músicos de outros países. "Gente de todo o Sul da América está aqui", comenta.
Expectativa de plateia lotada
O gerente de Cultura do Sesc-RS, Silvio Bento, comentou que a maior expectativa é com a participação do público pelotense nos eventos realizados. "Que tenhamos plateias lotadas no Theatro Guarany, que as pessoas nos bairros, no Festival da Comunidade, nos prestigiem. Quem vai um, compartilha com o outro, faça a informação chegar para quem ainda não teve a oportunidade", diz.
Para Silvio Bento, o Festival na Comunidade estende a ação da música e da cultura, além dos palcos tradicionais. "Eu acho que o cortejo já nos dá um pouco dessa mostra, desse incentivo e desse gás, que esse evento tem uma razão e repercute tão bem na cidade de Pelotas."
Quem também participou do cortejo foi a secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo. "Mais um momento importante em que a Pelotas vira a cidade da música e que esse Festival, que um dia pensaram que seria itinerante, é muito nosso e que não poderia, de forma alguma, acontecer em outro lugar. A gente percebe aqui na recepção das pessoas, é muito emoção, muito bom voltar a Pelotas neste momento tão bacana", diz.
A secretária veio a Pelotas especialmente para a abertura do Festival, e participou também do concerto Bossa Nova no RS, da Orquestra UCS, que foi realizado na noite de ontem, no Theatro Guarany. "É importante o reconhecimento do governo do Estado por essa realização, numa parceria do Sesc com a prefeitura de Pelotas, que tem sido transformadora na vida de tantas pessoas e na cidade também", comenta.
Theatro Guarany
A atração da noite desta terça-feira (16), no Theatro Guarany, será o Quarteto Ibirapitanga, que se apresenta com uma formação em quarteto dedicada à exploração e divulgação da música brasileira, alcançando destaque em importantes séries de música de câmara no Rio Grande do Sul. Neste concerto, serão interpretadas obras de Alberto Nepomuceno, Gabriel Faurè e Bedrich Smetana, compositores homenageados pelo Festival. No palco estarão os músicos Brigitta Calloni (violino), Geovane Marquetti (violino), Cleverson Cremer (viola) e Murilo Alves (violoncelo).
Programação
Terça-feira (16)
9h30min - Grupo de Cordas do Festival (Hospital Santa Casa de Misericórdia)
15h - Grupo de Cordas do Festival (Hospital Beneficência Portuguesa - Rua Andrade Neves, 915)*
19h - Recital Voz, Harpa e Violoncelo - Grupo Tricordi 24 (Clube Caixeiral, praça Coronel Pedro Osório, 106)
19h - Big Band Democrata - Palco Móvel Sesc (Largo de Portugal)
20h - Sexteto Orquestra Jovem Sesc Mato Grosso do Sul (Paróquia Santa Terezinha - Av. Vinte e Cinco de Julho, 610)
20h30min - Quarteto Ibirapitanga (Theatro Guarany, rua Lobo da Costa, 849) - Espetáculo com serviço de tradução em Libras
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