O jornalista Luiz Carlos Vaz lança nesta terça-feira (14), na 49ª Feira do Livro de Pelotas, duas obras: Memórias de um mau tempo e Notícias do Schlee (ambos pela editora Ardotempo), terceiro e quarto livros do autor. A sessão de autógrafos ocorre das 18h às 19h, na Tenda de Autógrafos, que fica em frente à estátua do Coronel Pedro Osório. As obras estão à venda no estande da livraria Vanguarda.

Em comum as obras refletem de forma bem-humorada sobre o tempo vivido pelo autor. Em Memórias de um mau tempo, Vaz traz aos leitores mais de 40 crônicas, a maioria delas abordando o período de pandemia, nelas relata, sob o ponto de vista de quem ficou em casa, como viveu e sofreu naqueles dias, especialmente pela distância dos hábitos e das pessoas queridas, mas com leveza, bom humor e fina ironia.

Foi um tempo de ver e rever filmes, ler e reler livros e de escrever muito, escritos que resultaram em material suficiente para os dois livros que estão sendo lançados. "Estou lançando os dois agora, porque o Memórias não tinha como ficar para depois. Eu terminei ele em maio, exatamente, no dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência de saúde pública por causa da Covid-19", relembra.

Uma das grandes alegrias de Vaz, com esta obra, é ter o epidemiologista pesquisador Pedro Curi Hallal , ex-reitor da UFPel, como prefaciador. Sobre a obra Hallal escreveu: "Um livro que te faz lembrar do maior (pior) evento vivido pela nossa geração, mas que faz os leitores pensarem nos melhores momentos de suas vidas".

Histórias insólitas

Este mês marca os cinco anos da morte do jornalista, escritor e designer Aldyr Garcia Schlee, mas não foi só essa data que motivou Luiz Carlos Vaz a escrever. Foi mesmo um autógrafo, uma assinatura do próprio Schlee, que deu início a pouco mais de 40 anos de amizade.

Essas memórias abrem a obra Notícias do Schlee com a crônica Quarenta anos esta noite. "Me dei conta que ele tinha a idade que meu filho mais velho tem agora, 40 anos. E eu era um guri de 20 anos. No livro eu conto memórias dessa relação de amizade", comenta.

A obra traz ainda imagens, fotografias feitas pelo próprio escritor, que comprovam não só essa relação de amizade, mas também de admiração, isto porque Vaz transcreve alguns trechos de reportagens escritas por Schlee, por exemplo ao Diário Popular, ou sobre ele.

São sempre trechos que comprovam alguma história que o Vaz conta, mas que acha, de tão insólitas, precisam de comprovação. A obra é apresentada por Aldyr Rosenthal Schlee, filho do homenageado. "O pai, a mãe e o Vaz foram muitas vezes…ao "al otro lado del rio".... e riram, riram muito, de todas essas peripécias", escreveu.