Por Graça Vignolo de Siqueira
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Somos agraciados, antes do filme, com um vídeo do diretor Steven Spielberg agradecendo à plateia pela decisão de assisti-lo em uma sala de cinema. Isso tudo já faz parte da homenagem e da declaração de amor que ele faz ao cinema.

O filme é sobre a história do próprio Spielberg e sua família. Quase tudo aconteceu, com poucas cenas que apenas servem para enfeitar o drama. E na primeira cena já nos deslumbramos com o menino indo, pela primeira vez, ao cinema com seus pais. Ele mistura a sensação do medo pelo tamanho da tela e o som alto, com a euforia da descoberta.

Sua primeira experiência foi O maior espetáculo da Terra e, após as 2h32min, aquele menino jamais foi o mesmo. Enquanto seus pais se surpreendem com as cenas mais fortes, o jovem decide que aquilo é o que ele fará na vida.

Daí por diante você se envolverá com seus problemas de adolescência, os vários filmes feitos com os amigos e o registro íntimo de tudo pelo qual passou e descobriu.

Paulo Dano e Michelle Williams são os atores que representam seus pais. A atriz personifica muito bem o espírito livre, que ele sempre reconheceu na mãe.

O "fazer cinema" mostra que, através das lentes, ele procurava entender tudo o que acontecia ao seu redor. E embora por um tempo não quisesse mais fazer registros, o amor pela arte venceu.

Com certeza, as melhores cenas são as que nos mostram como criava seus filmes em super 8 e a facilidade que tinha com a edição. E a última cena, em que o jovem Spielberg encontra seu ídolo, o diretor John Ford, é memorável.

Os Fabelmans está em cartaz no Cineflix, junto com I wanna dance with somebody e Babilônia, que, com certeza, assistirei.

Nota: 9,5