Apresentação

Pless celebra uma década de atuação com espetáculo no Theatro Guarany

Cerca de 80 alunos a Escola irão integrar o elenco dos balés A grande noite e Amálgama

Foto: Carlos Queiroz - DP - A grande noite, no primeiro ato, se completa com a interpretação de Amálgama

A Pless Escola de Ballet celebra na noite desta sexta-feira (8) dez anos com uma gala especial, a partir das 21h, no Theatro Guarany. A celebração se inicia com o espetáculo autoral A grande noite, no primeiro ato, e se completa com a interpretação de Amálgama, do bailarino Otávio Augusto Lima. Os ingressos a R$120,00 (inteiro) ou R$ 65,00 (estudantes e idosos), na portaria do Theatro.

O bailarino e professor Diego Chame Porciuncula, sócio-proprietário da Pless, juntamente com Jean Coll, explica que, diferentemente dos anos anteriores, nos quais o primeiro ato era dedicado a um balé de repertório, seguido de uma criação da escola, no segundo ato, este ano a ordem será inversa.

A obra criada por Porciuncula e Coll, A grande noite estará no primeiro ato. "Resolvemos criar um balé para homenagear a Pless contando a história da escola, nesses dez anos. Ele se refere ao que acontece com a formação da escola e a gente ganhou um presente maravilhoso que foi o direito de remontar Amálgama, do Augusto, do Centro Coreográfico do Sete de Abril", conta o professor.

A figura central deste primeiro ato é a bailarina e estudante de Educação Física Bruna Azambuja, 22, que está na Pless desde 2018. Este é o segundo espetáculo que ela dança como solista. "Bruna é um presente, a gente chama pessoas que gostam de aperfeiçoamento e trabalho com seriedade", comenta Porciuncula.

Bruna ainda vai integrar o elenco de Amálgama, como solista também. "É uma experiência enriquecedora fazer os dois e está sendo incrível a experiência de ensaios e poder apresentar uma peça tão bonita pro público", diz.

Outra solista do espetáculo é a estudante de Nutrição Hariel Duarte, 26. A bailarina está na escola desde o primeiro ano e atualmente é uma das professoras das turmas infantis. "Aprendi muita coisa nesses dez anos, é tudo evolução."

A grande noite tem trilha feita a partir de valsas tradicionais de baile, uma alusão ao momento de festa. "Fizemos um compilado para fazer um balé todo festivo, lembrando essa formação da escola e tendo a oportunidade de mostrar todos os níveis de desenvolvimento. A gente conseguiu mostrar toda a escala evolutiva, que acontece dentro da formação técnica", comenta o proprietário.

Homenagens

O bailarino, coreógrafo, produtor e professor Otávio Augusto Gomes Lima, que morreu em março de 2021 vítima da Covid-19 aos 63 anos, é considerado pela dupla Porciuncula e Coll uma figura importantíssima na formação da escola. "A gente queria que nestes dez anos estivessem com a gente, de alguma forma, as pessoas que foram muito importantes nesse processo", explica o professor. Para isso, a dupla criou estratégias e oportunidades para envolver esses parceiros criados ao longo dos anos, para que estivessem juntos com eles.

Por sua vez, Amálgama envereda pelas danças contemporânea e moderna ao tratar da própria história de Augusto Lima, que saiu de Jaguarão para obter formação em dança fora do Estado e do Brasil. "Quando ele voltou para Pelotas a ideia dele era montar uma companhia e isso foi feito em 1995, quando estreou Amálgama, no Teatro Sete de Abril."

Diego Porciuncula explica que a obra se chama Amálgama porque, em 1995, o elenco uniu pessoas de diversas formações, do balé clássico, do jazz, da dança urbana e do moderno. Além disso o professor teve sua trajetória inicial na dança como aluno de Lima, aos 16 anos, no Centro Coreográfico.

Porciuncula elogia a criação de Otávio Augusto Lima e diz que a obra é atemporal. A trilha traz composições de Sebastian Bach mixada com percussão. "Tem essa mistura entre o clássico e o moderno, é uma viagem plástica cênica muito linda para o espectador. É um balé impactante", comenta.

Outra homenagem que acontece neste espetáculo será prestada a ex-bailarina e professora de balé Antônia Caringi Aquino, que foi convidada para apresentar a gala desta noite. "Antônia é realmente madrinha desde a ideia da inauguração da escola, ela sempre foi nossa apoiadora, sempre esteve presente cobrindo os espetáculos, nas bancas de provas, em eventos, de alguma forma estamos sempre conectados."

Ao avaliar essa década de atuação, Diego Chame diz que o propósito da Pless é formar bailarinos. "Não temos medo de trabalho e anualmente a gente apresenta uma bailarina nova a cada ano, o que é muito desafiador, porque poderia ser muito fácil seguir repetindo as mesmas figuras, mas acreditamos que cada balé tem uma personalidade diferente, que às vezes encaixa-se melhor com um bailarino ou outro."

Outra característica da Pless é trabalhar o estímulo ao aprimoramento, mas buscando o suporte das famílias. "A gente só não chega a onde quer se desistirmos no caminho. A gente está muito feliz, com a missão de educador e de enxergar o resultado desse trabalho, a gente vai plantando sementes e vai esperando que floresça."

Serviço

O quê: espetáculos A grande noite e Amálgama, da Pless Escola de Ballet

Quando: sexta-feira (8), às 21h

Onde: Theatro Guarany, rua Lobo da Costa, 849

Ingressos: R$120,00 e R$65,00 (meia)



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