Aquilo que se vê em outras cidades, principalmente nas grandes metrópoles, chega a Pelotas, de modo inovador. Pela primeira vez, a Idealiza Cidades promove a pintura lateral de um prédio no Parque Una: o Canto, um edifício de 18 andares. A pintura na empena começou na quarta-feira e já chama a atenção.

Na obra do porto-alegrense Kelvin Koubik, artista visual e muralista, estão retratados Joaquim da Costa Fonseca Filho, eternizado pela música de Vitor Ramil, como o homem que mistura lenda urbana com personagem real, criando modelos de aviões e acreditando que Pelotas podia ser a sede da primeira fábrica deles, a partir de seus aeromodelos.

Ao retratar também uma menina, Koubik procura trazer o futuro e o novo, como uma semente plantada na cidade. Uma sugestão para voar cada vez mais alto, como sugere a divulgação feita pela Idealiza. Ambas são conectadas com o ambiente onde está o prédio, a Alameda das Artes, uma área do Parque Una. O Canto foi entregue no final de 2020 e a pintura ocupa 600 metros quadrados.

Koubik foi destaque em pinturas como Lutz, em homenagem ao ambientalista gaúcho José Lutzemberger, e recentemente na homenagem à ginasta Daiane Santos. Empena é cada uma das fachadas laterais de um edifício, geralmente cega (sem janelas ou portas), que servem para expressão artística.

Projeto inovador

Pioneiro dentro do seu conceito em Pelotas, o Parque Una sempre foi apresentado como projeto inovador, inspirado em Jan Gehl para Novo Urbanismo, Jane Jacobs para Olhos na Rua e de Richard Florida para Cidade Criativa. Sua proposta é de resgate da qualidade de vida, com um melhor relacionamento entre as pessoas e a sua cidade, através de um desenvolvimento criativo sustentável de longo prazo.

Um dos sócios da Idealiza, André Breiler explica a importância da obra de Koubik em um dos acessos a vários prédios, em que as expressões artísticas terão destaque. “Esta é a primeira”, conta Beiler.