As temperaturas mais baixas dos últimos dias não têm sido suficientes para fazer crescer as vendas de agasalhos no comércio de Pelotas, mas também aparelhos elétricos que ajudam a aquecer os ambientes. A justificativa apresentada pela maioria dos vendedores é o período do mês, que antecede o pagamento dos salários para a maioria dos empregados. A expectativa está voltada, agora, para a virada do mês.

Na área central, a maioria dos consumidores circulavam sem pacotes de compras, apenas itens necessários ao cotidiano. Nas lojas, os vendedores permaneciam junto às portas, aguardando os clientes, que muitas vezes entram para pesquisar e comparar preços, principalmente de eletrodomésticos. Junto às filiais de redes varejistas, já começaram, nos últimos dias, as primeiras liquidações.

Francine Lessa, moradora no Fátima, pesquisava preços de roupas para o filho Isac, de sete meses. Com a mãe, ela conta que já comprou os agasalhos para as duas. São as chamadas compras por necessidade, que surgem neste período do ano. Laiza Cascais, estudante de Pedagogia, moradora no Areal, buscava um pijama para o filho Vítor, de quase dois anos.

Sem dúvida, as lojas com produtos de menores preços eram as mais movimentadas na tarde de sexta-feira. Nas de calçados, as botas eram as preferidas pelos consumidores, mas a reação de compras nos primeiros do Inverno ainda foi fraca, segundo os vendedores - abaixo das expectativas, avaliam.

Já os camelôs também reclamam das baixas vendas. Bem abastecidos com meias, mantas, luvas e gorros, todos esperam agora pela virada do mês. Rafael Gonçalves lembra que vende mesmo só quando faz muito frio. “No início do mês, vai melhorar”, diz otimista. Com ele concordam os vendedores de cobertores e tapetes que ocupam os espaços próximos.