Entrevista

Artilheiro do Lobo no ano aponta falta de comprometimento por eliminações

Com seis gols marcados na temporada, Thalles falou com o DP sobre a sua passagem pelo Pelotas, as quedas no Acesso e na Copinha, além de seu futuro no clube

Foto: Lucas Canez - AI ECP - Atacante disputou 24 partidas pelo Áureo-Cerúleo, alternando como extrema e centroavante

Sem conseguir o acesso para o Campeonato Gaúcho e nem uma vaga na Copa do Brasil, o Pelotas teve a temporada encerrada ao ser eliminado pelo São Luiz, nas quartas de final do Troféu Rei Pelé. 

O atacante Thalles terminou o ano como artilheiro da equipe com seis gols, sendo quatro na Copinha e dois na Série A-2. 

O jogador de 27 anos conversou com o Diário Popular sobre sua passagem pelo Lobo, os motivos pelas eliminações nas duas competições que disputou e o seu futuro no clube. 

Nos 24 jogos que atuou com a camiseta áureo-cerúlea em 2023, Thalles foi uma peça polivalente no elenco do Pelotas. Primeiro começou jogando como extrema pela esquerda, sua posição de origem, depois foi deslocado para ser o centroavante titular, pela carência do elenco na posição. 

“Fui artilheiro da equipe com ajuda dos meus companheiros. [...] Apesar de eu estar fora da minha posição, eu acredito que em alguns jogos fui bem, comecei de ponta e acabei de centroavante, depois que coloquei a camisa 9 a cobrança aumentou. O centroavante é hoje um dos mais cobrados. Então sei que meu desempenho não foi excelente, mas também não foi ruim”, contou o jogador. 

Mesmo sendo o artilheiro da equipe no ano, Thalles perdeu espaço na reta final da Copinha com a chegada de Flávio Torres. O atacante foi para o banco de reserva na última rodada da primeira fase do Troféu Rei Pelé e no jogo de ida contra o São Luiz. Com uma lesão, ele não foi relacionado para a partida de volta, que culminou com o fim da temporada. 

Eliminação em Bento Gonçalves 

Não é segredo pra ninguém que o grande objetivo do Pelotas no ano era a conquista do acesso para o Campeonato Gaúcho do ano que vem. A eliminação por si só já seria um duro golpe, mas a forma que aconteceu, com quatro pênaltis desperdiçados seguidos, sendo três para dar a vaga na semifinal, pesaram no ambiente e influenciaram no desempenho do restante do ano. 

Questionado sobre o porquê o Pelotas não alcançou nenhum dos objetivos, Thalles afirma que faltou comprometimento e que depois da eliminação para o Monsoon, em Bento Gonçalves, o ambiente ficou pesado na Boca do Lobo. 

“A eliminação do jeito que foi na Divisão de Acesso, isso afetou muito o grupo, desconfiança, coisas que não estavam dando certo, teve jogos depois que dava discussão no vestiário. Coisa que não tinha antes. Então a eliminação afetou psicologicamente todo mundo. A cobrança pra ganhar a Copinha aumentou muito mais, e isso acabou prejudicando alguns”, desabafou o atacante. 

Um exemplo da possível falta de comprometimento citado por Thalles pode ser explicado na saída de Vitor Júnior. O meia foi suspenso por dois jogos e foi liberado para ficar em casa com a família durante o confronto decisivo do Lobo contra o São Luiz. 

Na véspera da viagem para Ijuí, Flávio Torres concedeu entrevista e citou que Vitor Júnior “acabou abandonando a gente” para citar que a equipe não teria nenhum armador no time para tentar a classificação fora de casa. Ao DP, Thalles concordou com a fala de seu colega. 

“Posso concordar com o Flávio [Flávio Torres], não dá pra discutir a qualidade do Vitor Júnior, mas ele não estava 100% focado no Pelotas, então isso prejudicou ele e o grupo. O ambiente depois da eliminação no Acesso, como falei antes, foi ficando bem pesado, jogos que não podíamos perder, nos intervalos dava muita discussão. Nós tentamos manter um ambiente bom, mas tinham coisas que fugiam”, afirmou. 

Desempenho fora de casa 

O Pelotas teve um péssimo desempenho como visitante na temporada. Foram apenas duas vitórias. Contra o Guarani-VA, rebaixado na Série A-2, e contra o Real de Tramandaí, lanterna do grupo do Lobo na Copinha.
Perguntado sobre o motivo do desempenho muito abaixo em relação aos jogos na Boca do Lobo, o atacante diz que Wiliam Campos sempre tinha um plano de jogo, mas que falhas e desatenção causaram alguns resultados ruins. 

“A torcida do Pelotas é diferente” 

Se dentro de campo Thalles apontou alguns motivos pelo insucesso da equipe na temporada, no lado de fora o jogador fez elogios ao torcedor do Pelotas pelo apoio e diz que foi o que mais o marcou nesta temporada. 

“Teve jogos que eles fizeram muita diferença, apesar de eu não ter agradado a maioria, agradeço a eles pelo apoio e que não deixem de ir ao estádio apoiar o time. Isso não acontece em qualquer lugar, a torcida do Pelotas é diferente”, elogia o jogador. 

Futuro no Pelotas

Thalles diz ter contrato com o Pelotas até o fim de outubro. O jogador afirma que não recebeu proposta para renovar para o ano que vem, mas que teve uma conversa sobre o assunto durante a Copinha. 

O atacante admite que recebeu outras propostas, mas que aguardará o fim do seu vínculo para ver se recebe uma proposta de renovação com o Lobo para 2024.

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