A assembleia geral extraordinária realizada neste sábado (24) confirmou a destituição de Evânio Tavares do cargo de presidente do Grêmio Esportivo Brasil. O dirigente havia protocolado pedido de renúncia na última quarta-feira, mas a votação, que teve 38 pareceres favoráveis e sete contrários à decisão final, aconteceu da mesma maneira porque já estava prevista. 

O ex-mandatário rubro-negro, cujo mandato terminaria apenas no fim de 2024, será notificado e terá dez dias para apresentar recurso de defesa, se optar por esse caminho. “Como o estatuto prevê inelegibilidade de cinco anos em caso de destituição, a renúncia não poderia ser usada para escapar da punição. Não é opinião pessoal. Esse foi o entendimento da assembleia, que é o poder máximo do clube”, explica ao DP Tiago Bastos, que presidiu a reunião da manhã deste sábado no Salão de Honras do Bento Freitas.

> Em campo, Rubro-Negro encara o Aimoré, às 16h deste domingo, pela décima rodada da primeira fase da Série D do Brasileirão.

Na assembleia, também foi lido o relatório do Conselho Fiscal (CF) sobre a gestão após a entrega de parcela de contratos assinados pela Executiva. Existe um encaminhamento para que aconteça uma sindicância, com a intenção de ampliar as investigações a respeito da administração de Evânio Tavares. Ao avaliar os documentos repassados em reunião no último dia 3, foi identificada pelo CF suposta gestão temerária.

Triunvirato comanda

Como já antecipou o DP ao longo da semana, o Brasil passa a ser dirigido momentaneamente por um triunvirato dos vice-presidentes eleitos. São eles Ricardo Fonseca (futebol), Júlio Sanabria (administrativo) e José Argoud (finanças). Publicamente, Ricardinho antecipou que atuará, por enquanto, como o líder do trio.

O Conselho Deliberativo (CD) determinará, em breve, os próximos passos, e inclusive precisará agendar uma nova reunião extraordinária caso Evânio apresente um recurso dentro do prazo. Procurado neste sábado pela reportagem, o ex-presidente não retornou até a última atualização desta matéria.

Interpretação do estatuto

Desde o processo eleitoral do ano passado, um dos assuntos que mais movimentam os bastidores do Xavante é o estatuto do clube. Segundo várias fontes ligadas ao Conselho, o documento não engloba uma série de situações. Ou seja, é omisso e abre margem para diferentes interpretações. Uma comissão tem trabalhado na reforma do texto.