Bento Freitas

DP conversa com Gonzalo Russomano, líder da única chapa inscrita à presidência do Xavante

“Movimento Brasil Organizado” deve ser aclamado em assembleia no domingo (15). Provável novo mandatário do clube promete transparência

Foto: Sandro Freitas - Grupo é composto por Chavélli Cardozo Curi Hallal (vice administrativa), Vilmar Xavier (financeiro) e Emerson Novellini (futebol), além de Russomano (cargo máximo)

A chapa “Movimento Brasil Organizado”, liderada por Gonzalo Russomano e composta também pelos vices Emerson Novellini (futebol), Vilmar Xavier (financeiro) e Chavélli Cardozo Curi Hallal (administrativo), foi a única a se inscrever à Direção Executiva do Grêmio Esportivo Brasil. O terceiro prazo para registro de candidaturas terminou às 18h desta quinta-feira (12). Agora, resta a homologação, nesta sexta (13), para que o quarteto seja aclamado em assembleia durante a manhã de domingo (15), no Salão de Honras do Bento Freitas.

A posse está prevista para terça-feira (17). Formado em Direito e Educação Física, Gonzalo Russomano é proprietário de uma academia em Pelotas, tem 43 anos e é neto do ex-presidente do Rubro-Negro, Clóvis Russomano. A chapa coletou 63 assinaturas de associados, 38 além das 25 necessárias, conforme edital publicado pelo Conselho Deliberativo (CD).

Caso os quatro integrantes da chapa recebem o sinal verde do CD, eles iniciarão um mandato “tampão”, até setembro de 2024, quando terminaria o período de Evânio Tavares à frente do clube. Vale lembrar que Evânio foi empossado em outubro de 2022 e, em junho deste ano, acabou destituído do cargo por suposta gestão temerária. Ele também renunciou.

Em conversa com o Diário Popular no início da noite desta quinta-feira, Russomano falou sobre como surgiu o Movimento Brasil Organizado. O provável novo mandatário do Xavante elencou a transparência como um dos principais objetivos da gestão. A continuidade do gerente de futebol Luis Fernando Hannecker é uma das prioridades e será tema de reunião com o profissional, que permanece trabalhando no Bento Freitas.

Confira os principais trechos.

Formação da chapa

“A gente foi conversando, alinhando pensamentos. E aí a gente achou que era o momento ideal pra tentar assumir o clube. Tentar tirar o Brasil dessa obscuridade que vem de alguns anos. Financeira, administrativa, esportiva. A gente conversou e tomou a decisão de montar uma chapa pra concorrer à presidência”.

Passado no clube

“A gente nunca teve contato nenhum com a parte política do clube, diretamente. Sempre fomos torcedores, que pagam [a mensalidade de] sócio, vai a jogos. Mas eu pelo menos nunca tive contato com a política. Meu avô já foi presidente. E dessas histórias que escuto, resolvi criar coragem e me candidatar à presidência. Justo num dos piores momentos que o Brasil está passando.”

Primeiras ações

“Temos alguma coisa já em mente. Nem falei com o Luis Fernando, sequer o conheço pessoalmente ainda. Como vocês sabem, o clube não tem muitos recursos. Por enquanto, os recursos são escassos. O campeonato, se não me falha a memória, deve começar no meio de janeiro. No máximo, estourando, 15 de novembro seria um prazo, e já muito perto do campeonato pra começar um trabalho. Já deveríamos ter um grupo, técnico, preparador físico, já trabalhando, pra começar bem o campeonato. Temos que entrar na ponta dos cascos, é um campeonato muito curto”.

Permanência de Luis Fernando Hannecker

“A ideia é conversar com ele. Na quarta-feira, depois da posse, a gente pode conversar. Eu não sei se ele já tem algum técnico em vista. A gente tem que conversar com o Novellini, do futebol, pra ver como vão ser as negociações. Desde patrocínio até jogador, comissão técnica. A gente precisa de recursos pra mostrar pros profissionais que vamos cumprir com os compromissos, que não seja só da boca pra fora.”

Situação financeira e promessa de transparência

“Fui conselheiro, mas há muito tempo. No final da década de 90. Assim que eu sentar na cadeira é que a gente vai começar a ver quanto tem de sócio, o que tem de dívida, o que está entrando de dinheiro. O principal de qualquer trabalhador é ter o salário em dia. Não tem nem o que se discutir. Com o salário em dia, a gente pode cobrar do time. Como vou cobrar de uma pessoa que está há três, quatro meses com o salário atrasado? Prezo muito pela transparência.”

“A gente vai tentar, todo mês, colocar um balancete do que está entrando e saindo do clube. Tentar ser o mais transparente possível pra torcida. Se não me engano, de sócio pagante hoje, não sei se tem mil. Já ouvi algo perto de 800.”

Calendário do futebol profissional do clube e sócios

“O Brasil oferece futebol. Joga Gauchão, que é três meses, depois Série D. Esse ano paramos em agosto. Ficamos cinco meses sem futebol. Acho que o Brasil tem que participar da Copinha, independentemente de ser deficitária ou não. Até em respeito ao torcedor. É um campeonato, um título em disputa, tem vaga pra Copa do Brasil. A gente vai ter que se virar, com sócio, bilheteria, patrocínio. O Brasil tem que ter futebol, é o que faz o sócio pagar todo mês: ver o time do Brasil.”

Recado aos torcedores

“O torcedor pode esperar que a gente vai trabalhar muito, a gente está empenhado, nos bastidores conversando pra que tudo seja feito na mais pura clareza. Que o torcedor dê um voto de confiança, se associe novamente, volte a pagar. Ele é muito importante pro clube, é o que move o Brasil. Pode ter certeza de que a gente vai brigar pra fazer um time competitivo, pra ter crédito na praça, digamos. Pra chegar em outubro do ano que vem e estar tudo certinho, com o Brasil pelo menos respirando e não como está hoje, com todo mundo preocupado com essa situação”.

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