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Futsal: ATF se prepara de olho nos mata-matas da Série Prata

Equipe pelotense abre neste sábado a disputa das quartas de final, em busca do acesso à primeira divisão estadual da FGFS

A ATF Pelotas/Otimiza Rentáveis está a dois jogos de subir para a elite da Federação Gaúcha de Futsal (FGFS) da próxima temporada. Terceira colocada na primeira fase da Série Prata, com 15 pontos em nove rodadas, a equipe enfrenta a Associação Esportiva Jaguari nas quartas de final, com duelo de ida neste sábado (16), fora de casa, às 20h. Considerando o andamento da competição e o único duelo entre os dois times, a expectativa é de equilíbrio.

O experiente goleiro Rodrigo, titular da ATF, projeta uma eliminatória decidida no detalhe e espera trazer “conforto” para a partida de volta, no outro sábado, no ginásio Profut. “Adversário com bastante qualidade, equipe com muita velocidade. Tivemos um confronto muito equilibrado aqui em Pelotas contra eles, e conseguimos a vitória no último minuto [5 a 3]. O mata-mata é outro campeonato, e sábado vamos à casa deles para buscar um bom resultado”, vislumbra.

O jovem técnico Lorenzo Botelho acredita que decidir as quartas de final como mandante pode fazer a diferença rumo ao acesso, conquistado pelos quatro semifinalistas. Na visão dele, Jaguari fez um investimento para tentar subir de divisão – o treinador espera marcação agressiva da equipe rival, principalmente na partida fora de casa, que acontecerá na cidade de mesmo nome do time adversário, a mais de 400 quilômetros de Pelotas.

Lorenzo Botelho é o treinador da ATF na luta pelo acesso. Foto: Pedro Lopes - Especial

No elenco, cuja lista completa aparece ao fim desta matéria, há uma curiosidade: o fixo Felipão é Felipe Leitzke, formado nas categorias de base do Grêmio Esportivo Brasil e que chegou a integrar o grupo profissional do Xavante no início de 2022.

Conciliando com o trabalho

A realidade da ATF, antigo Trairagem, é a mesma dos demais times de futsal da Zona Sul e de grande parte do Estado. Ninguém recebe dinheiro: atletas e componentes da comissão técnica conciliam a rotina de treinos, que não são diários, a compromissos profissionais. Os trabalhos acontecem de duas a três vezes por semana, à noite, no Profut.

“Todos no clube temos nossas ocupações. Muitos trabalham, muitos estudam, mas todos têm seu compromisso conosco. Nosso futsal da cidade é muito pouco contemplado com investimentos e ajudas. Todos nossos membros da diretoria, comissão técnica e atletas não recebem nada para jogar, estão apenas pela paixão ao esporte”, resume Lorenzo.

O goleiro Rodrigo lembra que essa questão também pode afetar resultados. “Em casa mantivemos o 100% de aproveitamento e tivemos um pouco de dificuldade fora de casa, principalmente por não conseguirmos ir com elenco completo como visitante, por motivos de trabalho ou suspensão. Série Prata de modo geral é muito equilibrada, e o fator casa é muito importante”, avalia.

Formado em Engenharia Civil, o jogador trabalha há seis anos como auxiliar administrativo de uma empresa de combustíveis. Conhecido no futsal do Estado, ele resume o convívio com os colegas. “Principalmente com muita conversa, busco passar o máximo de detalhes e situações pelas quais já passei para o amadurecimento de todos. Tenho o respeito de todos, e todos me escutam muito”, elogia Rodrigo.

ATF na primeira fase da Série Prata

ATF 5 x 2 Independente (Lavras do Sul)
AVF (Manoel Viana) 6 x 3 ATF
ATF 5 x 3 Jaguari
ATF 5 x 1 Real Alegrete
União Samborjense 4 x 2 ATF
Sananduva 6 x 2 ATF
ATF 1 x 0 AFA (São Francisco de Assis)
AES (Sobradinho) 2 x 1 ATF
ATF 4 x 3 URF (Rio Grande)