Caçapa

Pelotense disputará o Pan-Americano de Snooker

Em 11º lugar do ranking brasileiro, Rodrigo Wieth joga sinuca no Círculo Operário Pelotense (COP) e irá à competição no Rio de Janeiro, em outubro

Foto: Jô Folha - DP - Atual campeão gaúcho, Rodrigo pratica a modalidade na estrutura do COP de uma a duas vezes por semana

Pelotas vai marcar presença no Pan-Americano de Snooker em 2023. Entre os dias 22 e 29 de outubro, Rodrigo Wieth disputará o campeonato no Iate Clube do Rio de Janeiro ao lado de 39 concorrentes pelo título. Ele representa o Círculo Operário Pelotense (COP), onde pratica a modalidade em uma das três mesas à disposição dos cerca de 25 jogadores vinculados à associação. 

“É uma coisa que eu gosto. Pra mim é um sonho que vou realizar. Tem cara que vai jogar padel, tem cara que vai jogar futebol. Fazer o quê? Eu vou porque é uma competição internacional, nunca mais vou ter chance de jogar. Ainda mais por ser no Brasil”, diz Wieth. Aos 38 anos, o pelotense foi campeão gaúcho em 2022 e recebeu a convocação para o Pan por ser o 11º colocado do último ranking nacional consolidado da Confederação Brasileira de Bilhar e Sinuca (CBBS). 

País-sede desta edição, o Brasil tem direito a 16 vagas. Como cada competidor precisa cobrir os próprios gastos, e inclusive realizar sua inscrição, não necessariamente os 16 primeiros colocados da classificação nacional são os representantes. Rodrigo participará do campeonato na categoria aberto, que vai de 26 a 29 de outubro e é voltada a pessoas de qualquer idade. Será obrigatório trajar sapato de couro, colete e gravata borboleta, além de camisa e calça social. 

Pontuação e especificidades 

Uma das distinções envolvendo a realidade da sinuca em nível internacional é o tamanho da mesa – as do COP, por exemplo, medem 3m x 1,6m, enquanto as do Pan terão 4m x 2m. “É diferente, e tem que se adaptar. Até a competição, vou pra Porto Alegre umas quatro, cinco vezes, pra treinar na mesa maior. No Brasil, não é muito popularizada a mesa grande”, explica o pelotense, que começou a jogar snooker aos 11 anos e, após um afastamento, retornou há cerca de uma década. 

As partidas contam com 15 bolas vermelhas, que valem um ponto ao cair na caçapa. Enquanto estas seguem sobre a mesa, cada atleta precisa jogar nelas. Após encaçapar uma vermelha, a regra obriga a tentar uma das seis de outros tons – estas têm ordem única de pontuação, por cor: de dois a sete. Naturalmente, o ganhador é quem somar mais pontos ao total. 

“Cada um escolhe seu taco. Cada valor é uma qualidade diferente. Comecei com um taco de R$ 200. Agora esse aí [o que possui] é R$ 5 mil. Ele é de ébano. Essa madeira aqui é ash canadense”, fala o pelotense a respeito do instrumento adquirido para a prática do snooker. O taco com que joga no COP tem o desenho de uma flecha, com o objetivo de ajudar na mira.

Realidade da modalidade 

Wieth enxerga dificuldade para uma possível profissionalização da modalidade no País. “No Brasil, a sinuca não é muito popularizada a não ser pela ‘sinuquinha’. Apostar e aquela função toda, coisa de boteco. A competição mesmo, pra valer, é na Europa. Na Inglaterra, tem um amigo meu jogando o Mundial agora. A premiação é de 500 mil libras”, diz. 

Além da Inglaterra, as nações de maior destaque na sinuca são Escócia e Irlanda, analisa Rodrigo. No Pan, o pelotense projeta os brasileiros entre os favoritos. Representantes de Estados Unidos, México e Canadá estarão presentes, mas Igor Figueiredo, do Brasil, que chegou a morar no Reino Unido para focar na modalidade, é considerado por ele um dos grandes candidatos. 

“Eu jogo sinuca uma vez, duas, na semana. Quando a gente chega aqui [no COP], não é jogando que eu vou treinar. Vou estar me divertindo. Pra treinar mesmo, tem que ser sozinho. Em 90% das vezes tua mira tá certa, mas tu erra porque tu tá mexendo o taco”, afirma, fazendo uma relação com a parte técnica.

Fórmula de disputa 

A edição 2023 do Pan-Americano de Snooker começa em fase com oito grupos de cinco competidores cada. Os dois melhores avançam às etapas eliminatórias. Jogos ganhos e saldo entre vitórias e derrotas são os principais critérios de desempate. Todas as partidas dentro das chaves se decidem em melhor de três duelos. Das oitavas de final em diante, passam a ser em melhor de cinco, exceto a decisão, que acontece em melhor de nove. 

O campeão leva 2,6 mil dólares, o vice 1,3 mil dólares e os semifinalistas 750 dólares. Do quinto ao oitavo colocados, o valor é de 350 dólares. Há ainda uma premiação para o responsável pela maior tacada da competição: 900 dólares.

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